O problema do Brasil não é a violência, mas a criminalidade. Nem toda
violência é ruim. Mas a violência perpetrada pelo criminoso o é, pois
ela não tem finalidade virtuosa já que ele está matando para roubar ou
simplesmente porque foi contratado para tal.
Não que os meios
violentos devam justificar os fins do salvamento, mas se for preciso se
prover de tal, que de tal nos provenhamos. Não estou indo contra a
Bíblia no que ela diz que devemos “dar a outra face” (para não se
permitir dar-se como causa de escândalo aos que perseguissem aos
cristãos por causa da fé cristã), pois não estou defendendo uma conduta
violenta, mas uma conduta de defesa de si, da família e do que é seu diante de um criminoso “convicto”.
A mesma bíblia diz que as autoridades “portam a espada não por vã
razão” (possibilidade de fazer uso da violência para coibir o
criminoso), mas utilizá-la, se preciso for. Uma espada, naquela época,
era usada para que os mal-intencionados percebessem que, para atacar
alguém armado, lhe seria mais trabalhoso, pois a potencial vítima tinha
como se defender.
A espada também era usada, quando numa porfia
bélica, para ferir é até mesmo matar quem tentava lhe fazer o mesmo. Na
época em isso (o que está sob aspas) foi escrito na Bíblia, qualquer um
podia portar uma espada (Pedro
até usou a sua no momento em que os soldados foram prender Jesus).
Jesus não mandou Pedro jogar a espada fora, mas mandou que ele a
guardasse, como quem diz: “use-a em circunstância propicia, Pedro”.
O
fato de um cidadão ou o Estado reagir a uma ação criminosa e ferir ou
mesmo tirar a vida do criminoso não o torna um criminoso também, pois
ele não foi o agente provocador da violência que culminou numa tragédia
(toda morte em
decorrência de uma violência é uma tragédia, mas, se necessária, é uma
“virtuosa” tragédia, pois se salvou o que se mostrou ser e agir pelo bem
naquele momento).
Bandido bom não é bandido morto. Bandido bom é bandido que acata as
chances que tem e muda de vida. Não é por que ele, como diria Rosseau (a
quem estou me contrapondo), é uma “vítima” das circunstâncias de sua
condição social que vai se prover disso, usando seu poder de decisão,
para fazer vítimas de sua “vitimicidade”.
Gospel Prime
Nenhum comentário:
Postar um comentário