sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Praticando um adoração incessante

A Bíblia relata no livro de Lucas no capítulo 7 a história de uma mulher pecadora que se quedou aos pés de Jesus. Conta o relato de como essa mulher se achegou a Jesus e sabendo que Ele estava a mesa na casa do fariseu levou consigo um vaso de alabastro com unguento(Lc 7:37).
O mais interessante é que não foi aquela mulher que convidou Jesus para jantar em sua casa, mas um fariseu. Embora não saibamos qual a intenção daquele religioso em convidar Cristo para sua casa, o fato é que aquela mulher verdadeiramente honrou com sua atitude aquele ilustre convidado.  Vemos que foi o religioso que convidou o mestre, porém foi a atitude da mulher que chamou mais a atenção do Senhor. Foi a adoração daquela mulher que impressionou Jesus, pois prostrada ela se quebrantava em Sua presença.
Diz as Sagradas Escrituras que ela “regava” os pés de Jesus.  É interessante entender o significado de “regar” que significa atuar, banhar e molhar algo.  Vemos que não foi apenas uma lágrima solitária de remorso que derramou, mas ela chorou copiosamente em arrependimento.
Quando falamos em “regar” logo lembramos de uma planta ou uma semente que precisa ser molhada para que venha crescer e dar fruto.  A palavra de Deus diz no Salmos 126 :
Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos. (Salmos 126:5-6 )
Sabe, queridos, entendo que aquela mulher com suas lágrimas regou a semente de sua fé no Senhor.  Jesus confirma isso dizendo que perdoados estavam seus pecados e que foi a fé dela que a salvou(Lc 7:48;50).
Muitas pessoas convidam Jesus para a sua casa e até vão para a Casa do Senhor, mas não entendem o que é a adoração, seu significado  e quem é de fato  “O Ilustre Convidado”.
Os religiosos ficaram mais atentos a atitude da pecadora do que a Presença do Senhor naquele recinto. O grande problema da religiosidade é ficar olhando justamente para a vida dos outros, quando na verdade devemos estar preocupados com a presença maravilhosa do Senhor em nosso meio.  Na verdade a realidade era que aqueles religiosos se achavam muito “santos ” a ponto de questionarem a Cristo e seu chamado profético, por não identificar aquela mulher (Lc 7:39).
Mal sabiam que há mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que noventa e nove que não precisam se arrepender (Lc 15:7)   
Jesus viu que aquela mulher desde o momento em que Ele adentrara naquele lugar não cessava de beijar os seus pés, ou seja, de adorá-lo.  Jesus mostrou para aqueles religiosos que aquela mulher estava mais preocupada com Sua presença, praticando uma adoração incessante, do que qualquer outra coisa.  Disse Jesus: “Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta porém regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com seus cabelos “(Lc 7:44).
O que mais me chamou a atenção dessa passagem foi quando o Senhor disse:
 Desde que entrei “não cessa” de me beijar os pés (Lc 7:45).   
Infelizmente nem todos conseguem praticar um adoração incessante no momento e no instante que Jesus adentra em nossas vidas. Muitos não conseguem ter a adoração como um estilo de vida preferindo ignorá-lo na sua vida cotidiana, lembrando Dele somente quando estamos em Sua casa, uma vez por semana, quando muito isto.  

A palavra do Senhor diz que devemos orar sem cessar, dando graças por tudo, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.(1 Tessalonicenses 5:17-18)

A expressão da verdadeira gratidão se expressa em nossa adoração, em nossa devoção diária ao Senhor.

O interessante é que aquilo que expressamos num culto coletivo é o resultado de nossa adoração no secreto, em nosso devocional diário.  

Vemos que aqueles religiosos nem menos cumprimentaram fraternalmente a Cristo ,ou seja, dando-lhe um ósculo.
Não houve na vida deles nenhuma atitude ser servidão como lavar os pés, nem de honraria como derramar o precioso nardo.  Enfim, eles não adoraram. O Senhor estava ali, mas eles não O adoraram na beleza da sua Santidade.

Por tudo isso, precisamos ter uma adoração incessante em nossa vida cristã, ou seja, que não cessa e que seja constante diante da Presença do Senhor.
Nossa vida precisa exalar o bom perfume de Cristo todos os dias(2 Cor 2:15).
Repetimos o gesto daquela mulher praticando uma adoração incessante quando:
1) Entregamos a nossa vida ao Senhor diariamente (Sl 37:5)
2) Quando o reverenciamos com nossas atitudes
3) Quando nos submetemos a Ele,sabendo nossa real natureza e recebendo Dele o perdão.
Pois assim diz a palavra de Deus:
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.( Salmos 51:17)
Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito. (Salmos 34:18)
Gospel Prime

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Quando você é feliz?

Quando termina nosso final de semana e chega a segunda-feira parece que vem aquele desanimo sobre nós, para alguns nesse dia é necessário acordar bem cedo e ir ao trabalho, para outros é a volta de uma rotina cansativa, não vemos a hora que o final de semana chegue novamente para nos alegrarmos e acabamos vivendo assim, temos cinco ou seis dias da semana que não são lá essas coisas, não proporcionam aquela “alegria” e temos um ou dois dias do final da semana que devem ser o nosso “momento”, nossa “recompensa”, nossa “alegria”. Isso é uma vida meio chata não é? Acompanhe essa história:
“Dona Cleuza cria seus seis filhos em um pequeno povoado em Alagoas, dois dos filhos pequenos são dela mesmo, os outros quatro são do seu ex-marido que sumiu de sua casa e nunca voltou, mas dona Cleuza batalha para criar todos eles. Todo dia pela manhã ela anda quilômetros para retirar água de um poço para as necessidades básicas de seu pequeno barraquinho e para matarem a sede, o alimento dela e seus filhos é pão sem fermento, raramente os vizinhos conseguiam algum animal para comer e dona Cleuza conseguia pegar uma pequena porção para seus filhos, nunca para ela e sim para os filhos. Mesmo com essa vida sofrida dona Cleuza não tirava o sorriso do rosto, ela contagia a todos os moradores de seu pequeno povoado, essa alegria de dona Cleuza ficou tão conhecida que até uma jovem jornalista foi a sua procura para entrevistá-la e perguntou “Qual o motivo da senhora sempre estar feliz mesmo vivendo toda essa situação?”
Dona Cleuza responde: “Minha filha, toda a noite eu agradeço a Deus pelo meu dia e começo a chorar, não choro porque eu quero, mas eu percebo que Deus cuidou de mim e minha família, as lágrimas começam a sair do meu rosto mas eu começo a rir, uma felicidade toma conta de mim, só sei que no outro dia eu quero que as pessoas fiquem felizes também como eu fiquei na noite anterior, sendo a grata a Deus e com sorriso no rosto perco até a fome.” Brinca dona Cleuza.
Nos dias de hoje chamamos de alegria as coisas que temos tesão pela vida, estamos felizes quando realizamos nossa viagem dos sonhos, quando recebemos um aumento, quando compramos nosso novo carro e assim por diante, o problema dessa alegria é que ela passa rápido, se eu recebo um aumento hoje, depois de alguns meses esse aumento não me alegra e talvez precise de um outro aumento para ficar feliz. Chamamos de alegria hoje algo que não nos inibi da tristeza, que dura pouco e que até deve ser vivido, mas não deve ser o propósito de vida.
Resumindo o artigo, quero dizer que nossa alegria não precisa ser pelo consumismo, não precisa ser pelo que a mídia diz que é bom e nem até pelos nossos sonhos, essas coisas podem ser boas mas não trazem uma alegria completa para o coração, não preenche o vazio de nossa alma. Que possamos ser gratos a Deus, que possamos ter a alegria vinda do céu em nosso coração, porque assim sendo, independente das circunstâncias o sorriso estará em nosso rosto.
#NossoSorrisovemdeDeus
Salmos 4:7 “Encheste o meu coração de alegria, alegria maior do que daqueles que tem fartura de trigo e de vinho”.
Deus abençoe.
Gospel Prime

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O legado dos Jesuítas no Brasil

Certa jovem está trabalhando em uma loja, vendendo roupas como de costume, quando é abordada por um homem que a chama no canto, a fim de lhe falar em particular:
- Moça, com licença. Sou pastor evangélico e preciso entregar uma revelação a você. Fizeram uma obra de feitiçaria contra sua família. Pagaram R$ 1.000,00 para acabar com seu casamento.
A moça ficou assustada com aquelas palavras e logo tratou de buscar uma forma de quebrar aquelas maldições, afinal, sua família está em jogo. Ligou a TV e viu outro pastor fazendo uma oração forte. Em seguida, o tele evangelista pediu que o telespectador colocasse um copo com água sobre o aparelho de televisão, pois iria orar repreendendo todos os tipos de demônios, cujos nomes são os mais variados.
Ela bebeu a água benta do pastor e depois decidiu fazer uma visita na campanha das causas impossíveis daquela denominação do universo neopentecostal do Reino de Deus. Chegando lá, a sessão de descarrego pegou fogo e os espíritos malignos tinham oportunidade de contar seus objetivos antes de serem expulsos. Depois desse fogo, o que pegou fogo foi a fogueira de dinheiro. Parecia a sarça que Moisés viu. Ardia em chamas, mas não se consumia.
A mensagem foi muito emocionante. A partir de agora a moça estava determinada a determinar. O desfecho daquela reunião de poder foi realizado com a proposta de que as pessoas levassem uma rosa ungida, pois este objeto protegeria a família e sugaria todos os maus espíritos e maus olhados daquela casa. A moça, mais do que depressa pegou a sua, pois tinha certeza que seria mais eficaz que o galho de arruda de sua avó. Ela estava se agendando para participar da próxima reunião, pois o pastor havia avisado que iria ungir os celulares para que cessassem as cobranças de cartão de crédito.
Esse caso é baseado em fatos reais e num primeiro momento pode surgir o seguinte questionamento: o que ele tem a ver com o legado dos jesuítas? Somente obteremos a resposta para essa pergunta voltando alguns anos na história.

A origem dos Jesuítas

Os Jesuítas fazem parte de uma ordem religiosa da Igreja Católica chamada “Companhia de Jesus”. Esta ordem foi fundada em 1534 por sete estudantes da Universidade de Paris, os quais visavam desenvolver um trabalho de acompanhamento hospitalar e missionário, sob os votos de pobreza e castidade.
Além disso, a Companhia de Jesus foi um movimento oriundo da contrarreforma, cujo um dos principais objetivos era o de impedir o avanço da Reforma Protestante. Este grupo de sete estudantes liderados por Inácio de Loyola, organizou esta ordem com características de muita disciplina e rigidez, dando ênfase à absoluta abnegação, conforme já vimos anteriormente e à obediência total ao papa e às doutrinas católicas. Essa postura antiprotestante pode ser vista nas famosas palavras de Inácio de Loyola em sua obraExercícios Espirituais: “Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado.” [1]
O Papa Paulo III confirmou a nova ordem em 1540, sendo a mesma reconhecida por bula papal. Inácio de Loyola foi escolhido como primeiro superior geral, enviou seus companheiros e missionários para vários países, primeiramente entre os europeus e em seguida entre os asiáticos, africanos e americanos, com o intuito de criar escolas e seminários.[2] Quando Inácio de Loyola morreu em 1556, já havia aproximadamente mil jesuítas em vários países da Europa e missionários na África, Índia, China, Japão, Paraguai e Brasil.
A Companhia de Jesus nasceu em um período muito fértil, pois a Europa estava vivendo o ápice da “Era dos descobrimentos” em busca de novas rotas comerciais para as Índias. As explorações marítimas pioneiras (Portugal e Espanha) levavam consigo equipes de desbravadores, representantes da Igreja Católica e posteriormente os missionários jesuítas.

Os primórdios da colonização

Em 22 de Abril de 1500 chegava a tripulação portuguesa com cerca de 1.350 homens e oito franciscanos liderados pelo frei Dom Henrique Soares de Coimbra, totalizando nove capelães, um para cada cento e cinquenta tripulantes. O capitão-mor das dez naus e das três caravelas fazia parte de outra ordem religiosa e militar, a Ordem de Cristo. Esta ordem foi criada em 1319 pelo Papa João XXII e foi através dela que a expedição portuguesa foi financiada.
Na véspera da partida da expedição de Cabral, houve uma cerimônia religiosa. Num Domingo, 8 de Março de 1500, o Bispo Diogo Ortiz benzeu a bandeira da Ordem de Cristo. A bandeira foi passada para Dom Manuel I e em seguida para o descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral.
No primeiro Domingo em solo brasileiro, dia 26 de Abril, os portugueses celebraram a também primeira missa, dirigida pelo Frei Henrique. Na primeira Sexta-feira da paixão, dia 01 de Maio, frei Henrique celebrou a segunda missa, a qual foi precedida por uma procissão. Participaram desta cerimônia mais de mil portugueses e aproximadamente cento e cinquenta nativos.
Gospel Prime

sábado, 9 de agosto de 2014

Karl Barth, um marco na história do pensamento teológico

Um amigo nos pediu para escrever algo sobre o grande teólogo Suíço Karl Barth, um de nossos escritores preferidos, com um detalhe, de modo que mesmo alguém que não conhece ou estuda teologia possa entender os pontos principais de sua cosmovisão, o que se traduz em uma árdua tarefa.
Barth era um brilhante erudito e escrevia com erudição ímpar, usando muitos termos e expressões do mundo teológico, nomes de doutrinas que foram objetos de disputas na história da igreja, além do uso de expressões em latim, grego e outros, o que dificulta a leitura e uma compreensão imediata. Outro complicador é que ele se expressava de modo como se todos e qualquer pessoal fosse capaz de captar os seus pensamentos e tivesse a exata compreensão de tudo o quanto dizia. Não sei se isto se configura em virtude ou defeito, mas assim Karl Barth falava e escrevia.
A obra de Barth é muito extensa com poucas (em relação ao conjunto) obras em português, contudo aprendi (e aprendo) muito o chamado “pai da neo-ortodoxia” e com as obras que temos. Então creio que posso falar daquilo que tenho aprendido, um pouco de sua visão geral
Gospel prime

domingo, 3 de agosto de 2014

Pastora evangélica teria agredido mulher de procurador da República com surras de cipó

Na última semana, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher determinou medidas protetivas urgentes a favor da esposa do procurador da República Douglas Ivanowski Kirchiner, do Ministério Público Federal em Rondônia, devido a acusações de agressões físicas cometidas por ele e por uma pastora evangélica contra a mulher.
Identificada apenas como T.S.A., a esposa do procurador foi submetida a diversos episódios de violência, incluindo surras de cinto e cipó, agressões verbais, cárcere privado e outros maus- tratos e humilhações. Ela relatou ter sido trancafiada no alojamento de uma igreja evangélica pela pastora, onde apanhava, passava fome e sofria outros tipos de maus tratos, tudo com apoio do marido ou praticados por ele.
De acordo com a denúncia, T.S.A. afirma que após se casar com o procurado passou a residir no alojamento da igreja que frequentavam. Porém, ao tentar se separar do marido a pastora da igreja teria lhe dado uma surra de cipó após a trancar no alojamento. A denúncia diz ainda que Kirchiner teria consentido com as agressões contra a mulher e que ele próprio também teria dado surras de cinto e cipó na suposta vítima.
Ao descrever os maus tratos que sofria, T.S.A. relatou ainda que passou a ficar trancada na igreja e só podia se alimentar depois que todos comessem. Ela foi também obrigada a dormir no chão com um ventilador, sem cobertor, e por isso ficou doente.