Hoje
escrevi que as Religiões de Deuses pessoais tendem a se tornar
fundamentalistas e anti-cientificas; e que, além disso, a visão em um Deus
pessoal e Redentorista, tornava a pregação de Salvação por Dogma, um
poder inevitavelmente obscurantista e anti-cientifico em tudo; tanto
mais quanto "santificado do mundo" seja o grupo em tudo; inclusive na
indisposição de aprender qualquer coisa fora da "Escola Bíblica
Dominical". Rsrsrs.
O
fenômeno entre os Islâmicos é diferente na viagem que os levou até onde
estão em termos de luta contra o saber cientifico, em face do
fundamentalismo, mas o resultado é muito semelhante ao que acontece à
"igreja" e aos "cristãos" de hoje em relação ao mesmo tema. Por outro
lado disse que desde o início do Século XX, tanto os Budistas, quanto os
Taoistas e os Hindus em geral, do ponto de vista religioso, têm feito
grandes avanços no dialogo tranquilo com o mundo cientifico, em razão de
muitas coisas, porém, também muito em razão da Impessoalidade da Idéia
de Deus que possuem.
Ora,
isto dá a eles sistemas de crenças sem Dogmas de fé anti-cientificos,
e, assim, por conseqüência, abertos ao saber sem culpa e sem medo de
qualquer que seja ou fosse o ciúme de Deus; posto que Deus, para eles,
por definição, não seja ciumento, visto que muitas vezes nem mesmo
Pessoal seja.
Alguém pergunta:
Então, o fato de Deus dizer "Eu Sou" é incompatível com uma mente aberta?
Creio
que você saiba que direi que é Óbvio Que Não. Na realidade a questão
nada tem a ver com o Deus Pessoal; ou seja: com o Deus que diz "Eu Sou";
mas sim com a "idéia acerca do Deus pessoal"; e, além disso, depende
também da idéia que se tenha de "pessoalidade em Deus".
Ora, de fato, "o Deus Pessoal" dos cristãos, não passa de um "Deus Passional", não Pessoal.
Ele não é amor, Ele é ciúme!
Além disso, "o Deus Pessoal" dos cristãos é feito à "imagem e semelhança" dos "cristãos" ou da "igreja".
O
"Deus Pessoal" dos cristãos é passional, ciumento, mesquinho, invejoso,
preconceituoso, inimigo de toda inteligência, de toda alegria de
descobrir, de toda vontade de entender, de todo milagre passível de
explicação, de todo saber que cure hoje aquilo que um dia se dizia que
"somente Deus" curava.
O
"Deus Pessoal" dos cristãos é como um grileiro de terras ou é como um
Latifundiário que não usa a terra e tem raiva de quem deseje conhece-la
ou tratar bem dela.
Assim, "o Deus Pessoal" dos cristãos não é uma Pessoa, é um Espasmo Passional e Todo Caprichosamente Poderoso.
De
modo que "o Deus Pessoal" dos cristãos não está aberto a mais nada além
do que os Teólogos de algum tempo Constantiniano tenham dito sobre
"Deus", sobre a "Natureza" e sobre o "Universo".
Portanto,
"o Deus Pessoal" dos cristãos teria fechado não apenas o "Cânon
Sagrado", mas também o "Cânon Cientifico"; ou seja: o Cânon Natural.
Entretanto, isto nada tem a ver com a Pessoa de Deus, que, vai muito bem, obrigado. Graças a Jesus!
A
Pessoalidade em Deus é como a pessoalidade em Jesus; ou seja: sempre
dizendo até do desejo de executá-Lo: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem
o que fazem!"
Assim,
o Deus Pessoa, que é amor, sendo Ele como Jesus disse que Ele era; ou
seja: a cara de Jesus — quando vê disparates na Ciência dos Homens, diz:
"Eu perdôo a todos vocês, porque vocês ainda não sabem o que dizem
saber".
O que diria Deus?...
Muitas vezes, ao ver um Centurião Cientista [um "Cienturiontista"] descobrir, pela perseverança, e, muitas vezes, pela experiência da intuição projetada
[como Einstein chamava ao que a ele acontecia, mas que, em termos
bíblicos, chamaríamos de revelação, conforme a medida da hora do saber] —
algo lindo de Sua criação, creio que Deus em Cristo diga: "Nunca vi
entre os que dizem que 'Eu Sou'..., uma disposição de buscar a verdade
como esta".
Se
não fossemos apenas gente programada pelo pânico instaurado pela
religião dos Deuses passionais, o que teríamos era que os seres com
maior motivação para amar a Deus também com a mente, seriam os que dizem
que "os céus proclamam a glória de Deus"; e mais: que dizem que "o que
de Deus se pode conhecer, está por Ele mesmo manifestado por meio das
coisas criadas".
Do
mesmo modo, ninguém defenderia mais a criação do que os que dizem que o
Criador é Amor; e que hoje também dizem que, pela miséria humana, a
Criação geme a uma, esperando chegar o Dia da nossa e da redenção também
dela.
Mas...
é o Dalai Lama, que disse que o Budismo está aberto para aprender com
toda ciência que se comprove verdadeira, o líder religioso que hoje mais
trabalha junto aos neurocientistas, em profundas pesquisas entre os
conceitos budistas de expansão da mente e as novas descobertas acerca da
maleabilidade do cérebro, sendo alterável pela disciplina dos estímulos
de bons pensamentos.
Os
cristãos achariam que estariam pecando contra Deus por tão somente
estarem desejosos de trocar experiências e considerar observações que
podem ser úteis a muitas percepções da própria interpretação bíblica e
na compreensão desta existência.
Este
tempo é, por exemplo, fascinante para um cristão que, estudando Física
Quântica, saiba ver o quão quase dentro do ambiente da dimensão
espiritual ela projeta a mente em sua melhor chance de discernir o
fenômeno das coisas invisíveis do ponto de vista de uma observação de
natureza experimental e impírica.
Mais que isto:
As descobertas da Física Quântica mostram como se tornaram tolas as questões sobre Predestinação ou Onisciência de Deus.
A própria noção de tempo/espaço e Singularidade com sendo o Indiscernível — não estão disponíveis como verificação observável fora do ambiente da Ciência Física.
E
mais: tais conceitos são tão mais compreensíveis nas suas explicações,
bem mais próximas do real sentido bíblico de eternidade [ou: do que
“é”], do que a teologia jamais conseguiu propor.
Digo isto por as pessoas ainda pensam em tempo e espaço e eternidade com as categorias do velho mundo grego e linear.
Portanto, melhor do que uma tola aula sobre Predestinação Linear de Deus no Tempo/Espaço, ou em uma Eternidade
também Linear, é uma boa aula sobre Tempo, Não-Tempo e sobre a
possibilidade da existência de múltiplas camadas dimensionais na
existência, com a chance de que o que chamamos de mundo invisível seja
apenas o que os Físicos começam a chamar de Universos Paralelos.
E,
assim, em uma quantidade absurda de campos de saber e de entendimento,
abrem-se avenidas devocionais para quem pode descobrir sem arrogância,
mas apenas com adoração; o que pode ser o caminho de todo aquele que ao
descobrir não pense que suscitou raiva em Deus.
Afinal,
a denuncia bíblica não é contra o saber, mas sim acerca do saber sem
amor, sem adoração e sem alegria grata na descoberta.
Mas
que homem de ciência descobrirá com amor, adoração e alegria na
descoberta se, para ele, o Criador está com raiva, inveja e ciúme?
Por hoje eu fico por aqui.
Nele,