sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Ano Novo: Um tempo de reflexão

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13-14
O Ano Novo é um chamado para refletir. Uma pausa na correria do final de ano para se avaliar o que foi feito do ano que se finda.

É a somatória dos sucessos e insucessos; das vitórias e das derrotas acumuladas durante o ano; das tristezas e alegrias; do bem que fizemos; do mal que evitamos fazer…

Das omissões ou das participações; do testemunho que demos ou da falta dele; do quanto oramos ou deixamos de orar; do quanto investimos na obra de Deus (missões) ou do quanto deixamos de investir; do quanto amamos ou deixamos de amar, enfim o quanto vivemos ou deixamos de viver.
O apóstolo Paulo no seu texto de Filipenses 3:13-14 faz uma, poderíamos dizer,  retrospectiva não simplesmente do ano que se encerra, mas sim de sua vida na face da terra.
O assunto do capítulo 3 de Filipenses é a exortação contra os maus obreiros e judaizantes (Fl. 3:2); contra os inimigos da cruz de Cristo (Fl. 3:18,19); contrastado com a excelência de Cristo (Fl. 3:8) e a maturidade cristã (Fl. 3:15,16).
É nesse contexto de defesa da fé genuína e da pureza da vida cristã que o apóstolo fala de seus anseios em conhecer intimamente seu Salvador (Fl. 3:8-12). E os versículos 13 e 14 do capítulo 3 seria, então, uma reflexão sobre a vida do apóstolo Paulo no Senhor.
Daqui, também, podemos tirar, para nós, algumas verdades eternas. São elas:
Devemos zerar a conta “esquecendo-me das coisas que atrás ficam”, isto é o que eu fiz no passado seja certo ou errado, bom ou ruim ficou para trás, a vitória de ontem não garante a batalha de hoje e a derrota de ontem não me fará um derrotado hoje.

Gospel Prime

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

10 erros comuns da música gospel brasileira

1 – Abuso de uma linguagem sentimental de autocomiseração, mais focada nas frustrações pessoais do que na beleza da glória de Deus.
Que diz a Bíblia: “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante dele com canto” (Sl 100.1,2); “Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra” (Sl 96.9)
2 – Letra focada no adorador e não Naquele que é digno de ser adorado.
Que diz a Bíblia: “Ao Senhor teu Deus adorarás” (Mt 4.10)
3 – Ritmos extravagantes que não coadunam com a moderação cristã, que copiam os hits de sucesso da música secular, e que ainda confundem irreverência e entretenimento com alegria do Espírito.
Que diz a Bíblia: “Mas o fruto do Espírito é… mansidão e domínio próprio” (Gl 5.22)
4 – Pobreza na poesia e apelo para coloquialismos que beiram a linguagem vulgar. Nalguns hinos por aí, Deus já está cantando assim: “…pra seu nariz não empinar” ou “não adianta se espernear”. Onde fica a criatividade do Espírito e a beleza do louvor cristão sobre aqueles que compõem?
Que diz a Bíblia: “Com o coração vibrando de boas palavras recito os meus versos em honra do Rei; seja a minha língua como a pena de um hábil escritor” (Sl 45.1)
5 – Inversão dos papéis: Deus cantando para os homens ao invés de homens cantando para Deus.
Que diz a Bíblia: “Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade” (Sl 115.1)
6 – Abundante repetição de temas comuns como “sou adorador”, “varão de fogo”, “você vai dar a volta por cima”, “olha eu aqui, olha você aí”, “eu vou profetizar na sua vida”.
Que diz a Bíblia: “Louvai ao SENHOR. Cantai ao SENHOR um cântico novo, e o seu louvor na congregação dos santos” (Sl 149.1)
7 – Banalização do dom de profecia na música: “eu vou profetizar na sua vida”, “profetize agora”, “eu libero uma palavra de ordem para você”.
Que diz a Bíblia: “Viram vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor não os enviou; e fazem que se espere o cumprimento da palavra” (Ez 13.6)
8 – Abuso de promessas de vitória imediata, que oferecem uma falsa expectativa contrária à perseverança e paciência exigidas do cristão: “É hoje”, “chegou sua hora”, “De hoje não passa”, “tome posse e receba agora a sua vitória”.
Que diz a Bíblia: “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” (Rm 12.12)
9 – Estímulo ao revanchismo ao invés do perdão e da tolerância: “Seus inimigos vão ver…”, “Deus vai abrir a cova…”, “Se não sair, você vai passar por cima”.
Que diz a Bíblia: “A ninguém torneis mal por mal (…) Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.17-19)
10 – Falta de correção doutrinária. Muitos compositores confiando apenas na “inspiração”, mas não procedendo a correção doutrinário, acabam entregando aos cantores – que também não procedem a correção doutrinária – músicas com sérios equívocos como: “O inferno estava em festa quando Jesus morreu”, “estou pagando o preço para ir morar no céu”, “Silas, para de reclamar”, e outros.
Que diz a Bíblia: “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus” (1Pe 4.11).

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

O pecado de acepção de pessoas Quem faz acepção de pessoas ainda não conheceu Jesus, e permanece no pecado

por João Paulo Souza

Escrevendo aos cristãos dispersos por várias nações de sua época, Tiago deixou bem claro que a fé cristã não coaduna com a prática da parcialidade. O irmão de Jesus, e filho de José e Maria, chamou a atenção desses crentes para que atentassem para o modo como Jesus, que, mesmo sendo “Senhor da glória” (Tg 2.1), tratava as pessoas de seu tempo.
Tiago fez um alerta interessante, quando supôs uma reunião entre os destinatários de sua carta:

Se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta, e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado, porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos? (Tg 2.2-4).

Como podemos observar, essas palavras de Tiago, indiretamente, também nos advertem.
“Ouvi, meus amados irmãos”, segue o escritor da epístola que leva o seu nome (Tg 2.5). Neste trecho de versículo, ele revela que o Senhor escolheu os “pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam” (Tg 2.5). Assim, vemos que a escolha de Deus é diferente da do homem. Vejamos o que o profeta Samuel ouviu da parte de Deus quando ia ungindo a pessoa errada para o reino de Israel:

Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante de seus olhos, porém o SENHOR olha para o coração (1 Sm 16.7).
Deus olha para as pessoas de maneira especial. Sua visão está fundamentada na sua incomparável justiça. Se o Deus de Israel escolhesse Eliabe, irmão mais velho de Davi, ele seria injusto, pois Ele mesmo revelou a Samuel que não concordava com a escolha do profeta, pelo simples fato de enxergar o que geralmente a maioria das pessoas não veem: “o SENHOR olha para o coração”. Deus conhecia perfeitamente o caráter de Davi.
Semelhantemente ao Senhor, devemos olhar para as pessoas além daquilo que elas aparentam ser. Como alguém já disse: “As aparências podem nos enganar”. Sejam pobres ou ricas, devemos tratar as pessoas de modo honroso, digno daqueles que professam verdadeiramente o nome do Senhor Jesus Cristo, “que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis” (2 Co 8.9).
Quem faz acepção de pessoas ainda não conheceu Jesus, e permanece no pecado: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (Jo 7.24).