sexta-feira, 25 de abril de 2014

Israel cancela negociações de paz com a Palestina

Um novo acordo firmado entre facções palestinas fez com que o governo israelense interrompesse a negociação de paz com a Palestina.
Todos os integrantes do Gabinete de Segurança de Israel aprovaram a decisão que foi anunciada nesta quinta-feira (24) depois de cinco horas de reunião.
Há nove meses o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, tentava negociar a paz com os vizinhos e o prazo estipulado para a negociação já terminaria na próxima semana.
Mas com a união entre o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e o Hamas, grupo considerado por Israel como terrorista, colocou um fim nas possibilidades da região viver em paz.
O Fatah e o Hamas ficaram separados por sete anos, até que nesta semana anunciaram um acordo de reconciliação para tentarem formar um governo nas próximas semanas e assim organizar as eleições que devem acontecer em seis meses.
O anúncio da ligação entre os grupos gerou preocupação não só em Israel, mas também no governo americano que também trabalhava pela paz na região.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já cancelou a reunião que teria com o presidente palestino e ainda fez um alerta: “Ele [Abbas] terá que escolher se quer a paz com o Hamas ou com Israel. Ele não pode ter as duas coisas”.
Gospel Prime

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Papiro que fala sobre a esposa de Jesus é autêntico, dizem estudiososPapiro que fala sobre a esposa de Jesus é autêntico
Pesquisadores americanos concluíram que o pedaço de papiro que contém uma menção à esposa de Jesus não é falso. O resultado da análise foi divulgado nesta quinta-feira (10) depois de quase dois anos depois da descoberta.
O fragmento tem escritos na língua copta (extinta no século XVII) o que leva os pesquisadores a acreditarem que o fragmento seja proveniente do Egito Antigo. No trecho traduzido é possível ler frases soltas como “Jesus disse-lhes:’Minha esposa…’” e em outra parte “Ela poderá ser minha discípula”.
O pedaço de papiro provoca polêmica desde quando foi encontrado. Em 2012 o Vaticano, pelo jornal “L’Osservatore Romano” chegou a declarar que se tratava de uma farsa e conseguiu contato com outros estudiosos que afirmavam o mesmo.
Quem desacredita da autenticidade do papiro afirma que a gramática apresentada é pobre e que o texto está borrado, além de não ter uma origem certa.
A Igreja Católica desacredita sobre o estado civil de Jesus, pois nenhum dos evangelhos se refere a Jesus como um homem casado e tendo mulheres como discípulos.
Apesar de todas as dúvidas, a Universidade de Harvard, através da Harvard Divinity School, atesta que não há evidências de falsificação. “Nenhuma evidência de fabricação moderna (“falsificação”) foi encontrada”, diz a análise.
Acredita-se que o papiro foi escrito entre os séculos VI e IX, mas também pode ser do século II. Nem mesmo o processo de radiocarbono e a análise de tinta por espectroscopia Micro-Raman conseguiram dar uma data exata para o documento.
“A equipe concluiu que a composição química do papiro e os padrões de oxidação são consistentes com papiros antigos, ao comparar o fragmento do Evangelho da Esposa de Jesus (Gospel of Jesus’ Wife – GJW, em inglês) com um fragmento do Evangelho de João”, apontou o estudo.
O papiro foi entregue à historiadora Karen King, da Harvard Divinity School, por um colecionador que pediu para permanecer no anonimato. Ela, como especialista em cristianismo primitivo, comentou que a não falsificação não indica que Jesus era casado.
“Esse fragmento de evangelho fornece uma razão para reconsiderar o que pensávamos que sabíamos, ao nos perguntar o papel que as declarações sobre o estado civil de Jesus desempenharam historicamente nas controvérsias cristãs sobre casamento, celibato e família”, disse King.
Para a historiadora, o trecho mostra que as mulheres poderiam ser discípulas de Jesus. “A questão principal do fragmento é afirmar que as mulheres que são mães e esposas podem ser discípulas de Jesus, tema que foi muito debatido no início do cristianismo, em um momento em que a virgindade celibatária se tornou cada vez mais valorizada”.
Professor de egiptologia acredita em falsificação
Na mesma revista em que a análise do papiro foi publicada, a “Harvard Theological Review”, o professor de egiptologia Leo Depuydt, da Universidade Brown, também escreveu um artigo refutando a originalidade do fragmento de texto.
Para Depuydt se trata de uma falsificação. “O fragmento do papiro parece perfeito para um esquete do Monty Python [famoso grupo de comediantes britânicos]“, disse ele.
O estudioso apontou erros gramaticais para as palavras “minha esposa” que praticamente foram enfatizadas em negrito. “Como um estudante de copta convencido de que o fragmento seja uma criação moderna, sou incapaz de fugir à impressão de que existe algo quase engraçado no uso das letras em negrito”, afirmou.
King porém não gostou da crítica e disse que não se trata de destaque, mas sim de letras borradas. Ela ainda refutou o professor dizendo que as letras abaixo estão ainda mais escuras. Com informações G1.
por Leiliane Roberta Lopes

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Ainda é possível ressuscitar os mortos com orações?

O documentário Dead Raisers Team, lançado no final do ano passado, mostra como evangélicos tem usado a oração para literalmente trazer os mortos de volta a vida. Com cerca de uma hora e meia, reúne testemunhos de pessoas em diversas partes do mundo que tiveram essa experiência. Pastores e leigos contam diante das câmeras como foram suas experiências e o que as pessoas ressuscitadas dizem que viram.
Embora não tenha chamado muita atenção, o tema virou assunto da mídia este mês após ser matéria da controversa revista jovem VICE e tema de uma reportagem da rede BBC em sua revista na internet.
O tema também está presente na série fictícia Ressurrection, que estreou este mês, mostrando como as famílias reagem quando veem seus entes queridos voltarem dos mortos. Produzido pelo canal americano ABC, ligado à Disney, o que deu grande repercussão ao tema. Desde o passado, a televisão francesa também exibe um seriado sobre pessoas que ressuscitam e voltam para casa: Les Revenants. Entre os vários aspectos em comum das duas produções mostram um líder religioso (pastor americano e padre francês) sendo confrontado com o assunto e incapazes de oferecer respostas.
Voltando ao documentário, o enfoque é o declínio na frequência nas igrejas cristãs na Europa e EUA, e a maioria das pessoas não leva a sério o fato de a Bíblia dizer que a ressurreição é possível.
Um dos mais conhecidos é o Global Awakening [Despertamento Global] que visita regularmente hospitais para orar pelos doentes. Eventualmente deparam-se com pessoas à beira da morte, mas quase sempre são convidados pelos enfermeiros a se retirar. Donna Leppitt, uma de suas principais integrantes faz uma queixa “Muitas vezes não temos acesso aos cadáveres”. Este é o motivo, segundo ela, que não se ouve falar mais sobre esse tipo de milagre.
Mesmo assim, Leppitt admite que não é uma tarefa fácil. Quando seu irmão morreu, ela e o marido oraram sobre o corpo dele por cerca de uma hora, mas sem sucesso.
Outro grupo mostrado ‘em ação é a Dead Raisers Team [Ressuscitadores], o qual afirma ter trazido 11 pessoas de volta à vida com suas orações. Eles tem uma queixa: as igrejas “esqueceram” que isso está na Bíblia!
Tyler Johnson, fundador do grupo sede no Estado de Washington defende que só fazem o que Jesus ordena em Mateus 10:8: “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos e expulsai os demônios”. Segundo o site do Dead Raisers, Johnson se tornou convencido no poder da oração após intensa reflexão religiosa depois que seu pai morreu em seus braços após um ataque cardíaco.
“O ódio de Tyler pela morte não é apenas teológico, mas está intimamente ligada à sua própria experiência”, diz o texto. O site também conta que ele “aprendeu a ressuscitar os mortos num curso chamado “Escola do Sobrenatural”, o qual eles hoje também reproduzem nas igrejas interessadas.
Comemora ainda que os membros do Dead Raisers receberam autorização para servir como voluntários no Departamento de Gestão de Emergência do Condado de Madison, o que lhes dá acesso total para a vítimas de acidentes fatais. Eles recebem autorização para orar pelas pessoas após os paramédicos não serem mais capaz de ajudar.
Falando em paramédicos, um dos entrevistados do documentário é Jesse Birkey, autor de um livro sobre o assunto. Ele é um bombeiro/paramédico que afirma ter ressuscitado oito pessoas com orações na ambulância onde trabalha.
Para os críticos, o grande problema do documentário é não mostrar nenhum tipo de identificação das pessoas ressuscitadas, atendo-se apenas ao testemunho dos obreiros cristãos. Em alguns deles, a narrativa inclui relatos de pessoas que voltaram à vida gritando pois foram literalmente “arrancadas do inferno”.
Gospel Prime