segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bancada evangélica quer legalizar tratamento para gays

A homossexualidade deixou de ser considerada doença pelas Nações Unidas na década de 1990. Portanto, um psicólogo não poderia fazer alguém mudar sua orientação sexual. Contudo, os parlamentares evangélicos pensam diferente e desejam reverter uma resolução do Conselho Federal de Psicologia.
Segundo um projeto de decreto legislativo, encaminhado  pelo deputado João Campos (PSDB-GO), o conselho “extrapolou seu poder regulamentar ao “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional”. Esse projeto pode suspender dois artigos (instituídos em 1999) que proíbem um psciólogo de emitir opiniões públicas ou tratar a homossexualidade como doença.
Campos é líder da Frente Parlamentar Evangélica. O pivô da questão que  agora chega à Brasília é Marisa Lobo, 39, um “psicóloga cristã” que luta contra o Conselho Regional de Psicologia do Paraná.  Ela tem lutado contra o que chama de “privilégios gays” e pediu união dos pastores e parlamentares cristãos no tratamento desta questão.
Ela foi acusada de ferir o código de ética da categoria devidos a textos de sua autoria sugerindo que, para “alcançar a comunidade gay”, deve-se seguir o exemplo de Jesus, que “não concordava com certos comportamentos, porém tratava com tolerância e amor”.
Membro da igreja batista, Lobo alega sofrer “perseguição religiosa”, mas nega oferecer “cura” a pacientes gays e rechaça qualquer acusação de homofobia.
Ela foi convocada recentemente a retirar da internet seu material vinculando psicologia e religião. Diversos ativistas pró-gay e também ateus fizeram denúncias contra Marisa, que corre o risco de perder seu registro profissional.
Para Humberto Verona, presidente do Conselho Federal de Psicologia, “não existe psicólogo cristão: a psicologia é laica, a pessoa é cristã”. Ele acredita que o projeto de lei dos deputados irá interferir na autonomia do Conselho que possui “normas éticas para combater uma intolerância histórica”.
O pastor e deputado Roberto de Lucena (PV-SP) é relator do projeto de Campos, hoje sob análise da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. Para ele, os pais têm o direito de encaminahr os filhos para “redirecionamento sexual”. Mas reconhece que o tema deve ser discutido em audiência pública. Isso deve ocorrer nas próximas semanas, em Brasília.
Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, afirma que é o preconceito que leva um gay a procurar tratamento. Ele acredita que “deve-se curar a síndrome de patinho feio e não a homossexualidade em si”.
Com informações Folha.com

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A CURTA VIAGEM ENTRE UM CRISTÃO E UM FARISEU

Às vezes pensamos que o que separa um jovem cristão de um fariseu é uma grande distância. Quando eu era mais jovem, durante a revolução dos costumes ocorrida na década de 60, pensava que havia duas coisas que me separavam de um fariseu. A primeira era o próprio fato de eu ser jovem e liberado. A segunda, o fato de eu pertencer àquela geração que transtornou os costumes moralistas ensinados durante séculos. No entanto, mesmo antes de eu encontrar Jesus, lá mesmo onde eu estava, em meio aos hippies e liberados rapazes e moças daquela geração, a hipocrisia podia ser encontrada. Depois que me tornei cristão, logo percebi que o farisaísmo não tem idade: ele se esconde em qualquer lugar, e, muitas vezes, com mais facilidade ainda sob as vestimentas religiosas.

Jesus advertiu os seus discípulos de que a condenação do fariseu não tinha paralelo entre os demais pecadores daqueles dias. As prostitutas, os publicanos, os pervertidos e os demais párias daquela sociedade – com os quais Jesus estava em permanente contato – jamais receberam tão intensas ameaças de severo juízo quanto os fariseus. Com essa afirmação eu não estou dizendo que eles não eram também passíveis de juízo, pelos seus próprios pecados. O que estou dizendo é que para Jesus, os pecados deles eram pecados mais “verdadeiros”. Nem por isso eles deixaram de estar sob o crivo do juízo de Deus; porém, com muito menor rigor, nos graus da condenação, do que o que estava prometido para o falso religioso.

Jesus disse que “por fora” os fariseus eram perfeitos; todavia, o interior era um lixo. O Senhor disse que era como alguém que só lava o prato de comida por fora e que é capaz de comer no mesmo prato sujo, a vida toda (você pode se imaginar comendo no mesmo prato sujo a vida inteira? Você pode se imaginar bebendo água num copo sujo por toda a sua vida?). E ainda: que eles eram como sepulcros pintados de branco – mostrando beleza enquanto a podridão acontecia do “lado de dentro”. Isso significa que é bastante possível que as pessoas se escondam sob as vestes religiosas para mascararem seus reais valores interiores. Muita gente, e mesmo jovens, se esconde sob o disfarce religioso a fim de pecar com mais “segurança”.

Psicologicamente falando, esse fenômeno de se esconder embaixo das vestes religiosas para pecar com mais profundidade não é totalmente estranho. Aliás, o melhor lugar para esconder nossa própria maldade é a igreja. Nós que somos membros da igreja devemos sempre ter a coragem de perguntar o que significa nossa presença no ajuntamento do povo de Deus. Isso porque na igreja há sempre dois tipos de pessoas: aquelas que escondem sua própria maldade e dureza interior sob o disfarce da fé e da moralidade, e aquelas que se conhecem como pecadoras e que escondem a si mesmas sob o sangue de Jesus. O primeiro grupo esconde a sua maldade. O segundo grupo esconde a si mesmo enquanto confessa a sua própria culpa.

A questão é: como pode isso se desenvolver? Eu ouso afirmar que o problema está nos nossos padrões de espiritualidade, os quais muitas vezes são falsos. Por isso, quando alguém está tentado a pecar, está também, automaticamente, tentado a esconder sua tentação sob o disfarce do radicalismo comportamental. Dessa forma, quase sempre os cristãos, antes de caírem numa tentação, caem em uma outra: a tentação de aparentarem uma vida que está para além da possibilidade do pecado. Obviamente ninguém fica mais vulnerável ao pecado do que aquele que não admite sua própria vulnerabilidade.

Acontece que isso é um círculo vicioso. Primeiro, a pessoa é tentada. Depois ela sente a obrigação de mascarar essa realidade. Ora, quando isso acontece essa pessoa está se condicionando psicologicamente para se tornar um hipócrita.

E que é o hipócrita, senão aquele que não assume o que é e aquilo contra o que luta? E quem consegue viver a vida inteira escondendo de si mesmo e dos irmãos as suas fraquezas sem que, de um modo ou de outro, acabe caindo diante daquilo que ele nega como sendo sua própria sedução?  Daí, a inferência de que quanto mais “espiritual” for o ajuntamento cristão, mais propício ao pecado ele será. Justamente aqui nós estamos diante de um grande paradoxo cristão: bem-aventurados sejam os fracos, os mansos e aqueles que são capazes de chorar. Somente depois é que se fala dos limpos de coração. Só é limpo de coração quem limpa o coração diante de Deus e dos irmãos, mediante frequentes confissões de carência humana. Não existe tal pessoa limpa de coração que seja solitária e incapaz de constantes revisões de vida. Não existe ninguém permanentemente limpo de coração. Existem apenas aqueles que se deixam limpar mediante a confissão e a sinceridade de uma vida que não tem medo de ser suficientemente humana para confessar tendências em vez de assumir um outro lado de sua humanidade: o pervertido lado de sua humanidade-inumana, que prefere esconder tendências e viver pecados.

Quando esse tipo de comportamento se desenvolve, o que acontece é que a tendência da pessoa é assumir cada vez mais a “santidade” publicamente, a fim de compensar suas incoerências vividas nos bastidores. Daí que pessoalmente eu me impressiono muito mal com pessoas cuja ênfase na santidade me soe um tanto extravagante. Para mim, na maioria das vezes esse comportamento esconde um conflito interior justamente naquela área que se tornou um obsessivo discurso. Pessoas equilibradas tendem a falar de tudo, ao invés de se tornarem obcecadas por um discurso só. E mesmo quando alguém tem uma ênfase pessoal e particular na vida, se essa pessoa é saudável tal ênfase será vivida sem nenhum espírito de cobrança para com aqueles que não conseguem viver a vida com o mesmo peso, naquela área. Ora, tudo isso me leva a afirmar que muito daquilo que temos chamado de “consagração” na vida cristã possivelmente não passe de um atestado de nossa própria conflitividade não confessada e não assumida.

O que complica bastante a situação daquele que assim se comporta é o fato de que quando alguém vive com tal capacidade de se disfarçar, isso pode significar que ela está desenvolvendo uma profunda maldade em sua própria alma: a maldade de ser tão mal, que tenta enganar a todos sob a máscara da bondade. Vale lembrar que para Jesus esse era o mal maior na vida, o mal dos fariseus, o mal dos religiosos, o mal dos falsos profetas, daqueles que se mostram ovelhas mas que de fato são lobos.

Nós que somos pessoas da igreja precisamos urgentemente aprender que a maior mentira que se comete na vida não é aquela que se diz, mas aquela com a qual se vive. Precisamos recuperar o senso de “intimidade” e de “interioridade” das verdades do Evangelho. Temos que pedir a Deus que nos liberte das falsas e malignas noções de espiritualidade. É urgente que reassumamos nossa herança Reformada, a qual afirma nossa impossibilidade inerente para a bondade absoluta, e nos remete humildes e dependentes para a graça de Deus. Caso contrário, corremos o risco de nos tornarmos pessoas muito más. Aliás, a História está repleta de testemunhos dessa nossa capacidade de nos tornarmos mais maus do que os mais maus.

Este mal vem justamente da nossa relação com o Sagrado. Nada é mais intenso que aquilo que é divino. Quando alguém mantém uma sadia relação com o Sagrado, tal pessoa torna-se santa e bonita. De outro lado, quando a relação com o Sagrado acontece desde uma perspectiva de orgulho, autossuficiência e hipocrisia, então nada faz adoecer mais do que essa versão religiosa da maldade. Daí que Lúcifer tornou-se mau na exata proporção de sua anterior virtude. Assim, onde abundou a graça, superabundou o pecado. Nós temos afirmado esse princípio apenas na dimensão paulina: “onde abundou o pecado superabundou a graça”. Todavia, Pedro coloca a mesma verdade desde uma outra referência histórica: “o seu estado se torna pior do que primeiro”. Ou ainda: “melhor lhes fora jamais terem conhecido o caminho da verdade do que, após o terem conhecido, o abandonarem”.

Certa vez C. S. Lewis disse que o pior diabo é aquele que nós pensamos que não existe. Eu ouso, respeitosamente, contrariar esse que foi um dos maiores pensadores cristãos de todos os tempos, para dizer que, para mim, o pior diabo é aquele ao qual nós nos “acostumamos”. Isso porque quando alguém não sabe ou não crê que o diabo existe, está menos exposto à total força do diabo, pelo simples fato de “sinceramente” não crer ou não admitir a existência dele. Há um grande poder espiritual na verdade, mesmo que aquele que a demonstre seja um ateu. Todavia, quando alguém sabe que o mal existe como mal real e objetivo, mas a despeito disso vive em cínica indiferença para com esse poder, tal pessoa não se torna apenas vulnerável ao mal, mas se torna, ela mesma, parte da própria realidade do mal. Ninguém é mais maligno do que aquele que consegue se tornar indiferente ao poder do mal enquanto admite a sua existência. Gente assim vive uma espécie de “crente-descrença” no poder do mal. Ora, é simples inferir que é mais fácil achar gente assim domingo de manhã na igreja, do que num laboratório de ateus confessos. É mais fácil achar esses jovens cantando com as mãos levantadas num culto animado, do que nas praças. Aqueles que estão vivendo sua alienação de Deus e do diabo muitas vezes fazem isso em absoluta ignorância; mas muitos dos que lotam nossos templos cristãos e nossas reuniões são do tipo de gente que consegue “levantar as mãos ao Senhor” e depois, mesmo contra a Palavra do Senhor que eles conhecem, ser capaz de levar uma irmãzinha, companheira de louvor, “para a cama”.

Eu sei que para muita gente as afirmações que tenho feito podem soar excessivamente fortes. No entanto, não tenho o menor temor de estar equivocado a esse respeito. Tenho a própria história bíblica e a história da Igreja para confirmarem tais declarações. E além disso, é só olhar em volta para se constatar que há uma grande abundância de testemunhos contemporâneos corroborando o que estou dizendo.

Tudo o que eu disse até aqui tem a finalidade de estimular você, que deseja andar com Jesus, a coerentemente tomar a cruz e segui-lo. Não é fácil assumir as dores que vêm como resultado de uma vida sincera. É duro, o preço da verdade. Mas é a única forma de andar com Deus. É preciso ter “coragem de ser diferente”. Não diferente apenas mediante uma postura de “fachada”. É preciso ser diferente desde o coração. Só assim se edifica um “compromisso capaz de fazer diferença”.

Faz quinze anos que eu venho andando com Jesus e fazendo todo o possível para, no dia a dia, não me esquecer dessas verdades a respeito das quais acabei de escrever. Mas uma coisa tem me ajudado muito, nesses anos: a lembrança de que eu não tenho que ser, para ninguém, qualquer coisa além daquilo que Deus sabe que eu sou. Isso me ajuda a não ter medo de ser gente. Todavia, essa mesma verdade me ajuda a ser aquilo que, na graça de Deus, eu devo ser na minha “identificação gradual na História”. E quando me sinto tentado a pensar diferente, eu me lembro que os felizes, do ponto de vista de Jesus, são os que têm coragem de chorar, os mansos, os que têm fome e sede de justiça – ou seja, os que querem mais –, os misericordiosos, os que se purificam na graça de Deus, os que vivem para construir pontes entre os separados pelo ódio, e os que assumem a perseguição como o resultado mais natural da sua relação com Jesus, aquele que por viver tão diferentemente dos padrões vigentes, sofreu o preço de uma existência capaz de ser radicalmente relevante; aquele que mostrava seu brilho pessoal a poucos (transfiguração), mas que não teve vergonha de mostrar sua dor e verdade humanas a todos, na cruz.

Somente vivendo com essa compreensão evitaremos a terrível realidade de nos tornarmos hoje os fariseus que Jesus repudiou ontem. Como você viu, não há muita distância entre um jovem e um fariseu bem apessoado. Cabe a você jamais chegar lá.

Rev. CAIO FÁBIO D’ARAÚJO FILHO

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Bom Carnaval!



O editor Anderson Caetano deseja um bom e harmônico carnaval, dentre outros anseio. Também informa que as atualizações voltarão, após o carnaval.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Jesus, Lula, Romário e Michelangelo

Alan César Corrêa


A quem me assemelhareis, e com quem me igualareis e me comparareis, para que sejamos semelhantes?
Isaías 46:5
Enquanto muitos têm uma referência de diplomacia, talento, força para ser a ela igualada ou ao menos parecida, Deus permanece singular, incomparável em todos os seus atributos incomunicáveis.
Lula afirmou certa feita que seu governo só poderia ser comparado ao de Getúlio Vargas.
Pelé permitiu que Romário se comparasse a ele.
Aleijadinho é considerado no mundo o Michelangelo do Brasil e comparado a outros grandes mestres italianos.
João Wesley o líder do avivamento inglês chegou a ser comparado com Lutero.
Mas a Jesus ninguém e nada nunca poderão se assemelhar a Ele.
Se você pensar que a sua Luz pode ser comparada a luz do sol, Ele é criador do sol e a criação não pode ser comparada ao criador, sua luz é maior, em Isaias 6, nem os Serafim podiam olhar para esta Luz, com duas asas eles cobriam os pés, com duas voavam, mas com duas tinham que cobrir os seus rostos para não verem a gloria da desta Luz.
Para o Budismo, Jesus é um iluminado mas nós sabemos que ele não recebe luz mas a dá a todos que olharem para Ele que é a Luz do mundo.
Qual líder religioso em toda a Historia pode se comparar a Jesus?
Na França um dos lideres que existiu morreu de aneurisma, em Kusinara (Índia ) outro morre de indigestão, na Arábia Saudita um homem é vencido com uma forte febre, mas em Jerusalém a morte oculta a Jesus por apenas três dias, Ele ressurgiu, em sua morte morre a morte de todo aquele que nEle crer.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

América Latina é região do mundo mais evangelizada com folhetos

A América Latina é a região do mundo com o maior número de folhetos evangelísticos entregues nas casas. São mais de 272 milhões de unidades entregues por voluntários da missão cristã Every Home for Christ (Toda casa para Cristo) entre 1953 e 2011.
No mesmo período, foram distribuídos, em todo o mundo, mais de 1,450 bilhão de folhetos, segundo o “Relatório de Colheita”, elaborado pela missão. Eles possuem  escritórios em mais de 100 países e tem uma história de 66 anos de serviço contínuo.
A América Latina também lidera o ranking de respostas positivas ou decisões de fé das pessoas que receberam os mais de 3,4 milhões panfletos neste período de 58 anos. No planeta, as respostas chegam a mais de 107 milhões.
A missão Every Home for Christ faz a maior parte de seu trabalho de evangelização através de parcerias e acordos com as igrejas evangélicas dos países onde atua. Voluntários andam pelos bairros e entregam folhetos com a mensagem do evangelho “de casa em casa”.
O relatório estatístico sobre o progresso global divulgado pelo escritório da missão inclui países onde a evangelização aberta é proibida. Nesses países, mais de 417 milhões de famílias foram alcançadas e foram feitas mais de 66,6 milhões de decisões.
O volume de folhetos entregues e o número de respostas ou decisões são distribuídos  da seguinte forma:
América Latina (272.093.039 e 3.457.013); Índia (265.312.165 e 9.161.636); Europa (188.901.965 e 963,452); Leste da Ásia (173.196.499 e 1.750.528); África anglófona (54937759 e 14945132.); África francófona (16567428 e 4880432); Eurásia (29635924 e 717416); Sul da Ásia (25.115.252 e 956277); Caribe (3.252.734 e 212.937); Pacífico (1.356.032 e 120.971); América do Norte (2.397.718 e 10.181) e Oriente Médio (146 334 e 7342).
Traduzido e adaptado de CBN

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Satanás quer a sua herança!

Eliseu Soares


Toda herança recebida por um filho é legitimamente dele, ninguém pode lhe tirar por meios legais. E no que se refere a essa vida, sabemos que nem todo mundo é recebedor de uma herança, entretanto, muita gente recebe na divisão dos bens familiares alguma coisa, como por exemplo casa, terreno, empresa, enfim…
Mas no sentido espiritual é diferente. Todo ser humano tem direito a uma herança e a posse de algum bem, isso acontece quando aceitamos ser chamados de filhos do Deus Jeová, O Criador de todas as coisas.
Isso acontecendo, somos possuidores de algo imensurável no mundo espiritual. Nossa herança tem um sabor diferente das riquezas desse mundo.. nossa família é mais feliz, nossas finanças podem até não ser tão lucrativas, mas nos dão alegria mesmo no pouco! Nosso sono tem paz, nosso coração se deleita na alegria do Senhor, e isso é somente experimentando para entender! Essa herança pode até não explicar muito bem o nosso passado, mas nos dá a certeza e clareza quanto ao nosso futuro!
Vou te contar a história de um homem chamado Nabote.
Esse homem morava em uma cidade chamada Jizrreel, e tinha uma linda propriedade ao lado do palácio de um rei chamado Acabe(…)  Aquele que era marido de Jezabel, penso que não existiu outra figura feminina na bíblia pra simbolizar tanta maldade como essa mulher. Na propriedade de Nabote, havia uma riquíssima vinha, creio que era um grande e lindo parreiral, e isso na cultura daquele povo era algo precioso, certamente Nabote cuidava muito bem dessa propriedade que possuia por herança de seus pais.
Por conta desse capricho, essa vinha certamente produzia lindos frutos, e dela saía o sustento não somente de Nabote, mas também de seus filhos e empregados.
Isso é algo típico de herança, não somente quem a recebe usufrui os beneficios, mas toda a gente que está em volta se beneficia do fruto que uma herança produz.
Acabe por longo de um tempo olhava aquela vinha, e despertou nele um desejo incontrolável em tê-la, quem sabe de cima de seus aposentos, esse rei tinha uma visão direta ao grande parreiral, afinal estava plantado ao lado de seu palácio. Esse desejo o levou a procurar Nabote, e o diálogo entre os dois, está no versículo que baseamos nosso texto de hoje;
1 Reis cap, 21
Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, porque está vizinha, ao pé da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor; ou, se desejares, dar-te-ei o seu valor em dinheiro.
Feita a proposta, o rei Acabe recebeu como resposta de Nabote um não, seguido da explicação que aquilo era uma herança deixada por seu pai, Nabote usou uma expressão bem parecida do que dizemos hoje em dia, tipo; “Deus que me livre de vender a herança dos meus pais!” Isso deixou Acabe muito irado ao ponto de se trancar num quarto por dias e não querer sair nem para se alimentar. Agora imagine quão grande era a vontade desse rei ser dono do bem alheio e ter em suas mãos aquela vinha.
Antes de eu terminar de contar essa história, pense uma coisa comigo;
Satanás tem o mesmo sentimento que teve Acabe, ele quer nossa herança a qualquer preço! sua família, seu ministério, seu relacionamento afetivo, os seus sonhos! (…) Todas essas coisas são heranças valiosas que você possui, e cedo ou tarde Satanás virá com uma proposta parecida com a de Acabe para Nabote, veja;
1. Acabe disse a Nabote; Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta!
Vinho é o símbolo da alegria, e Satanás não quer que tenhamos alegria, por isso ele não quer que nossa vinha produza.
Satanás sempre faz promessas de outros frutos, e ele vem nos oferecer uma plantação diferente, frutos diferentes, é mais ou menos como trocarmos um ministério de intercessor pelos pobres e necessitados, por um evangelho de indiferença, de desamor e bem estar, não se importando com a obra do Senhor, aliás, o nosso próprio ventre passa a ser o nosso deus, perdemos a visão das coisas celestiais acreditando nas promessas mentirosas de Satanás e dessa forma, perdemos a alegria.
2. Acabe propôs trocar a vinha de Nabote por uma melhor!
Satanás sempre te mostrará algo que parece ser melhor do que você tem. Um casamento melhor que o seu, uma mulher melhor que a sua, um marido melhor que o seu. Satanás tentará te convencer que o pecado tem um sabor melhor do que a vida de santidade que a bíblia exige que tenhamos. Você sempre estará com a oferta de uma aventura secreta, algo escondido, mas saboroso. E isso faz muitos esquecerem de qualquer herança que possuem, você bem sabe disso; Quantos homens e mulheres largam ministério, casamento, familia, igreja, abrem mão da santidade, trocam o caráter e quando não, a própria vida eterna por uma oferta que pensam ser melhor que a vinha da herança dada por Deus!
3. Acabe ofereceu dinheiro, o valor não foi estipulado, mas certamente era um valor significativo para Nabote.
Satanás trabalha muito com essa fraqueza humana, Dinheiro! O próprio Jesus foi traído e entregue por um homem que tinha um coração ganancioso! por dinheiro desviamos nosso caráter, traímos nossa própria índole, corrompemos nosso coração, destruimos relacionamentos afetivos, nos entregamos a vaidade desenfreada e por tudo isso sofremos.
O amor ao dinheiro faz o homem mudar seus princípios, roubar e mentir. Torna um homem santo em um profano, faz do íntegro um corrupto, o bondoso pode se tornar maléfico, amor ao dinheiro cega, emudece, mata (…)
Por conta de ganância já vi nessa minha vida ministérios se acabarem, outros parecem crescer, mas a essência é humana, pecadora, quando não; diabólica.
Há aqueles que amam e cuidam de suas heranças, mas vejo homens sem temor que não tem o cuidado por elas, por isso, se vendem, se corrompem, se moldam com um mundo sujo e destinado ao inferno. Penso que esse tipo de gente faz isso porque nunca precisou lutar para conseguir uma herança, na verdade não sabem o real valor dela.
Quem sabe escrevo a você que sente estar perdendo sua herança, seja por uma troca mal pensada, por uma promessa mentirosa, ou por um valor descabido. Por certo escrevo a pessoas que tem recebido todos os dias uma proposta de troca de sua herança, e essa agonia da escolha lhe perturba e provoca.
Pode ser que escrevo a alguém que já trocou sua herança, hoje não a possui mais… e ao ler essas linhas se identifica de alguma forma com o drama que já vivenciou.
Então concluo.
Nabote ao ser acusado por uma calúnia feita por Jezabel, acabou morrendo por não aceitar a negociar com Acabe. Morreu mas não abriu mão do que ele considerava ser o seu bem maior, zelou por uma herança que não tinha preço de troca.
Se você já perdeu a sua herança, e por algum motivo se desfez da tua herança, Jesus é o maior interessado em obte-la de volta e devolver a você! Ele, somente Jesus pode fazer isso!
E você que tem sofrido ataques diários de satanás com propostas tentadoras para uma troca, a você também eu digo, Ele, somente Jesus pode dar forças a você nao ceder a essas investidas de Satanás.
A herança que você recebeu do Senhor, é legitimamente sua! Nada poderá tirar a sua herança, basta você não se distanciar de quem lhe deu a herança!
A Alegria do Senhor, é a nossa força! Cuide bem da sua herança.
Em Cristo;

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O alto preço da retidão

Quem nunca sofreu alguma forma de retaliação ao agir com integridade e justeza em um ambiente de trabalho? Quem nunca sofreu na pele calúnias e ameaças por agir em honestidade? Se um político deseja agir com retidão em seu mandato, o mesmo precisamente sofrerá algum tipo de perseguição seja de modo direto e indireto.
Se um jovem diz não a certos prazeres maléficos que o cercam, o mesmo será retratado de covarde e medroso. Enfim, retidão muitas das vezes culmina em perseguição. Na Bíblia há vários exemplos de pessoas que sofreram perseguição para causa da retidão. José, foi perseguido de forma terrível pela esposa de Potifar, onde a mesma o vivia convidando para o ato do adúltero. Qual foi o fim disto? acusação e prisão (Gênesis 39:1-20); Jó, que era irreprensível em seu caráter, foi terrivelmente atormentado pelos encalços de Satanás. (Jó 1:1-22; 2:1-13).
E o que falar de Jesus? Foi perseguido desde seu nascimento (Mateus 2:13). Em todo o tempo Jesus era alvo de retaliações por parte de alguns. Certa vez, o expulsaram da cidade de Nazaré, levando-o ao cume de um monte com propósito de matá-lo (Lucas 4:29). Jesus cometeu delito ou infração para sofrer tais adversidades? Não. Pelo contrário, Ele fazia somente o bem o não o mal. Muitos não o suportavam por que ele curava no sábado, pois para ele o ser era mais importante que o dia em si e não estava condicionado a certas regras humanas (Lucas 6:6-11).
Cristo deixou bem claro que seus seguidores iriam sofrer perseguição por causa da justiça e que iriam receber um grande galardão no céu (Mateus 5:10-12). A grande verdade é que a retidão por mais que em diversas situações ressoa em perseguição e dissabores, a mesma também pode exalar o perfume da aclamação, honra e celebração. Há um final surpreendente aos olhos de Deus para aqueles que são retos e puros de coração. Deus surpreendeu José (Genêsis 41:38-44), e também várias outras pessoas que agiram com integridade.
Jó, por exemplo, foi grandemente honrado por Deus, recebendo em dobro o que havia possuído antes (Jó 42:10).  Podemos colher retaliações por parte de homens, por causa da inveja e ciúmes, mas de Deus, iremos colher a bonança para aquilo que semeamos em justeza e pureza.
Vale a pena plantar a verdade em  um mundo encharcado de mentiras, ser luz nas trevas, pagar o preço da retidão, que terá perseguição e ressoará em celebração!    

Ademir Almeida