sexta-feira, 27 de março de 2015

A igreja fiel

Por Sidnei Osvaldo Ferreira

A igreja fiel

Texto bíblico:
“Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (Ap 2:10).
Introdução:
Certa feita um aluno perguntou ao Rev. Francisco Leonardo reitor do seminário presbiteriano do Norte: “Pastor, se a igreja for mais perseguida, ela será mais fiel? Não, se ela for mais fiel, aí sim, evidentemente será mais perseguida”.
A verdadeira igreja de Deus sempre padecerá privações, provações e perseguições, devido a sua fidelidade ao Senhor, porém nenhuma ameaça será capaz de nos deter nem mesmo as portas do infernos poderão resistir ou prevalecer sobre a igreja fiel.

Tema: A igreja fiel

I – A convocação a fidelidade: “Sê fiel”.

A – Sobre a cidade: Sabe-se que a cidade de Esmirna era entre todas as cidades orientais a mais fiel a Roma. Cícero o antigo filosofo romano disse que Esmirna era a aliada mais antiga e fiel de Roma. No ano de 195 a. C..

B – Sobre a Igreja: A igreja em Esmirna recebe a convocação do próprio mestre para permanecer fiel e a historia confirma que essa foi uma das igrejas mais perseverante de todos os tempos.

C – Aplicação: A igreja não foi chamada para ser rica ou pobre e grande ou pequena, ela foi chamada para ser fiel, fidelidade é o que Deus espera de sua igreja.

II – O compromisso da fidelidade: “Até a morte”.

A – Sobre a cidade: Sabe-se que o nome da cidade, Esmirna, significa “mirra”, substância extraída de uma planta por esmagamento. Esta substância era usada na fabricação de perfumes e embalsamento de corpos.
B – Sobre a Igreja: A igreja de Esmirna sofreu diversos martírios e as mortes de muitos cristãos se tornaram em um cheiro “mirra” de perfume suave para Deus. Um antigo escritor conhecido por Eusébio de Cesárea em sua obra denominada “História Eclesiástica”, nos conta sobre um dos martírios mais reconhecidos e relatados de todos os tempos, o do bispo Policarpo, um discípulo do Apóstolo João

C – Aplicação: A verdadeira igreja de Cristo deve resistir a todas as pressões na certeza que nem mesmo as portas do inferno poderão prevalecer contra a igreja do Senhor ressurreto dentre os mortos.

III – A recompensa da fidelidade: “Dar-te-ei a coroa da vida”.

A – Sobre a cidade: Sabe-se que na cidade de Esmirna tinha um estádio onde todos os anos se celebravam jogos atléticos famosos em todo o mundo; os jogadores disputavam uma coroa de louros. Para os crentes dessa cidade, Jesus prometeu a coroa da vida.
B – Sobre a igreja: A nossa recompensa vem diretamente das mãos do nosso mestre e trata-se de uma coroa incorruptível que não se se deterioram com o tempo, nem muito menos pode ser roubada por ladrões, a coroa que Cristo nos oferece é de vida, honra e gloria.
C – Aplicação: Existe recompensa para o nosso labor e labuta dessa terra, mas não devemos esquecer que nossa coroa está nos céus. Enquanto o mundo concedeu a Cristo uma coroa de morte, dor, vergonha e espinho, ele nos concederá sua coroa de vida, gozo, honra e gloria. Isso é a sua igreja fiel.


Conclusão: Deus está à procura da igreja fiel e não meramente da igreja mais avivada ou mais conservadora, não importa se a igreja é pentecostal “fervorosa” ou tradicional “doutrinaria”, o que importa é que seja fiel ao Senhor. Pois essa é a igreja que o Senhor realmente procura.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Uma aproximação ao caminho da perfeição cristã

Por Eduardo Vasconcellos

A Teologia de John Wesley é muito rica, abrangente e original. Ele bem poderia ser chamado de reformador devido às suas reflexões e as inovações propostas no campo da hermenêutica e da soteriologia vigentes a sua época e ao seu entendimento sobre a ação do Espírito Santo na vida do homem convertido que o leva à maturidade cristã.
Várias disciplinas teológicas foram enriquecidas com a luz da sua própria experiência de vida, como no caso da “experiência de Aldersgate”, em 1738, quando a sua compreensão acerca da fé levou-o a uma nova interpretação da salvação, sintetizada na expressão “fé que opera pelo amor”.
Em termos teológicos, enquanto que antes de 1737 Wesley acreditava que a santificação precedia a justificação, depois de 1738 Wesley inverteu a ordem. Por outro lado, esse testemunho do Espírito fez com que Wesley acrescentasse à hermenêutica anglicana, baseada nas Escrituras, na Tradição e na Razão, o quarto lado daquele que ficou conhecido como quadrilátero wesleyano – a Experiência.
Para ele, a fé Cristã é algo experiencial e a graça de Deus tem que ser apropriada individualmente, resultando em segurança e transformação de vida e coração.
Ao longo de sua vida Wesley teve que explicar várias vezes o que ele quis dizer com Perfeição Cristã, chegando ao ponto de ser perseguido por isso. Mas parece que essa inquirição serviu para organizar melhor e de maneira mais coerente sua teologia.
Desse modo, o ponto de partida de seu raciocínio é o homem caído e pecador a quem Deus quer restaurar conforme sua imagem. Por causa do seu amor incondicional, Deus oferece a vida eterna ao homem, a sua salvação. Mas Wesley entende a salvação com um processo contínuo, como ele mesmo diz: “a salvação de que se fala aqui pode se estender à inteira obra de Deus, desde o despontar da graça na alma até à sua consumação na glória” [Sermão O Caminho Bíblico da Salvação].
Ou seja, diferentemente da teologia reformada cujo foco está na necessidade de perdão de culpa que se encontra na justificação, e em Deus como Juiz e Justificador, Wesley foi muito mais além, considerando toda a obra de Deus como sendo inclusiva da justificação e santificação.
A forma como Deus opera no homem e o homem coopera com Deus foi um entendimento crucial dentro da teologia wesleyana. Começando pela definição de Graça, a qual segundo Wesley pode ser distinguida em duas, a preveniente e a convincente, como ele explica:  “salvação começa com o que é usualmente denominada (e muito propriamente) graça preveniente, incluindo o primeiro desejo de agradar a Deus, o primeiro alvorecer da luz concernente à sua vontade, e a primeira convicção passageira leve de ter pecado contra ele. (…) Salvação é conduzida por graça convincente, usualmente, denominada, nas Escrituras, de arrependimento, o qual traz uma larga medida de autoconhecimento, a mais completa libertação do coração de pedra”. [sermão Operando Nossa Salvação] Depois dessa manifestação da graça é que “nós experimentamos a salvação cristã adequada”, a justificação e a santificação.
Mas entre a justificação e a santificação se dá a regeneração ou o novo nascimento. “Embora seja permitido que a justificação e o novo nascimento sejam inseparáveis entre si, em um determinado momento do tempo; ainda assim, eles são facilmente distinguidos, como sendo, não a mesma coisa, mas coisas de naturezas amplamente diferentes. Justificação implica apenas uma mudança relativa; o novo nascimento, uma mudança real. Deus, ao nos justificar, faz alguma coisa por nós; em nos criar novamente, Ele faz a obra em nós. O primeiro transforma nossa relação exterior para com Deus, de modo que, de inimigos, nos tornamos filhos; através do último, a transformação acontece no mais profundo de nossa alma, de maneira que os pecadores se tornam santos. Um nos restaura para o favor, e, o outro, para a imagem de Deus. Um tira fora a culpa; o outro, o poder do pecado: Assim sendo, embora eles estejam juntos, num determinado momento da vida, ainda assim, eles são de natureza completamente distintas” [Sermão O Grande Privilégio dos que são nascidos de Deus].
Neste ponto é necessário enfatizar que embora a teologia wesleyana não seja antropocêntrica, humanista, ou pelagiana – como alguns insistem, ela dá ao homem um papel de protagonista e isso se deve ao modo como Wesley entende o homem criado por Deus, moralmente capaz. Segundo Wesley, a imagem de Deus no homem pode ser dividida em três atributos:
1. a imagem natural, que a seu modo é subdividida em compreensão (poder de distinguir a verdade da falsidade), vontade (sentimentos e disposições guiados pela correta compreensão, em direção ao bem) e a liberdade (capacidade de escolher bens e propósitos que denotem virtude e santidade);
2. a imagem política, que denota o domínio e a superioridade do homem sobre a natureza e as outras criaturas;
3. a imagem moral, que é aquela que determina o padrão de integridade e distingue o homem do restante da criação. Ela forma o contexto para a possibilidade do pecado ou da santidade. Para Wesley, a lei moral não é o fundamento do relacionamento entre Deus e a humanidade, não obstante, «é o padrão que expressa a integridade desse relacionamento e que revela a graça e a justiça (e também o pecado) pelo aquilo que são» (1).
Wesley sempre aceitou o fato de o pecado ter desvirtuado a imagem divina tornando o homem corruptível e mortal, física e espiritualmente. Ele não discordou do conceito de depravação total formulado pelos teólogos ocidentais anteriores (Agostinho, Lutero e Calvino), segundo o qual o homem estava irremediavelmente perdido, que sozinho não seria capaz de reconciliar-se com o criador e que pela fé em Cristo ele seria justificado. Mas, nesse sentido, o interesse maior de Wesley foi afirmar o processo contínuo de restauração do homem à imagem de Deus, iniciado pela fé, à luz do entendimento que ele tinha do relacionamento dinâmico e cooperativo que temos com Deus na nossa própria salvação e que é manifesto na santificação.
Como a graça preveniente traz alguns benefícios e restaura a noção de consciência e o livre-arbítrio – e o homem pode resistir a ela ou não, o homem, através da ação do Espírito Santo, busca uma vida de santidade. Assim, “por meio de Cristo e do Espírito Santo, que habita no crente, a ‘inclinação para o pecado’ do coração convicto e contrito pode ser purificada, e a ‘inclinação para a obediência em amor’ pode tornar-se a força motriz da vida” [Dieter, 2006, p. 24](2). É por isso que Mildred Wynkoop diz que “o que se crê acerca da natureza humana e da graça de Deus terá relação direta com o tipo de vida cristã que se experimenta” [Wynkoop, 2004, pag. 119](3) .
Por essa compreensão da natureza humana, Wesley se afasta cada vez mais do conceito de santificação que existia na sua época, cujo foco principal estava na posição em Cristo do crente justificado. De acordo com essa interpretação, os crentes são “santos em Cristo”, mesmo que eles cometam pecado. Podemos entender “Santos por posição” (4) como aqueles que estão eternamente separados para Deus pela redenção e que, pela sua posição, são santos desde o momento que creram.
Se admite que esse crente está sendo purificado pelo Espírito e que na consumação dos séculos ele será completamente santificado. No sermão Justificados pela fé, Wesley declara seu entendimento com relação ao assunto: “Isso chama-se santificação, que é em verdade, até certo ponto, o fruto imediato da justificação embora sendo um dom distinto de Deus, um dom de natureza totalmente diferente. Enquanto que a justificação refere-se ao que Deus faz por nós através do seu Filho, a santificação é o que ele opera em nós por intermédio do seu Espírito.”
A Inteira Santificação, ou Perfeição Cristã, passa a ser viável agora, pressupondo uma disposição interior do homem em duas vias: numa, ela se encarrega de refrear os desejos e as intenções pecaminosas, na outra, viver a plenitude o amor segundo a Bíblia revela, a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo. Assim, o conceito wesleyano da natureza da perfeição, se expressa na possibilidade real de praticar a pureza de intenções, na necessidade de imitar Cristo como modelo de vida santa, e no amor por Deus e pelo próximo como a “perfeição” definitiva e normativa. Essa plenitude do amor Wesley compreende também como uma segunda obra da graça.
Como dissemos anteriormente, toda a teologia wesleyana é desenvolvida baseada na proposição de que o homem trabalha em cooperação com Deus desde o início de sua salvação, numa progressão espiritual gradual. Randy Maddox (5)  sugere que em vez de encaixar Wesley no modelo tradicional deordo salutis, é mais correto falar de Wesley como possuindo uma via salutis.

Isto significa que em vez de conceituar a vida Cristã como uma série de passos, uma “ordem de salvação,” seria melhor conceituá-la como um “caminho de salvação,” como um processo envolvendo de momento a momento a atividade de Deus assim como a nossa resposta. Mas qual é esse caminho, que as Escrituras nos direcionam a seguir, para operar nossa própria salvação? Segundo Wesley, o Profeta Isaías nos dá uma resposta geral, e que devemos seguir: “Cessem de fazer o mal; aprendam a fazer o bem”. [Is 1.16]
___________

sexta-feira, 13 de março de 2015

Estado Islâmico atira jovem gay de prédio na Síria

Mais uma atrocidade cometida pelos extremistas do Estado Islâmico contra a população da Síria foi divulgada esta semana.
Os terroristas divulgaram imagens de um jovem gay que foi jogado de um prédio no dia 26 de fevereiro. A “punição” é comum no califado que tem um senso de justiça bastante condenável.
Na crença desses extremistas, os homossexuais devem morrer em situações como essa: atirado de grandes prédios para que morra diante de toda a população.
E foi isso que aconteceu com um jovem de 20 anos depois de ser acusado de ser homossexual. O site Raqqa foi quem divulgou as imagens chocantes do homem sendo lançado do alto do prédio.
O mesmo site divulgou imagens de um homem acusado de roubo cuja a pena foi ter a mão decepada por militantes. Com informações Estadão
Gospel Prime

sexta-feira, 6 de março de 2015

Evangélicos investem em games cristãos para atrair jovens

Em setembro do ano passado a Novo Tempo criou uma área de desenvolvimento de games com temática cristã, foram cinco lançamentos, sendo quatro deles para dispositivos móveis e uma para Facebook.
Nesses meses de lançamento cerca de 27 mil pessoas fizeram o download desses aplicativos, número que continua crescendo a cada dia, conforme os games vão se popularizando entre os cristãos.
O crescimento do número de pessoas alcançadas por esses aplicativos é confirmado pelo diretor de Web da Rede Novo Tempo de Comunicação, Carlos Magalhães, que falou a respeito desse novo investimento da empresa.
“Podemos dizer que está havendo um crescimento, sim, em função da curiosidade das pessoas por materiais com esse direcionamento”, disse ele.
Outro dado que confirma este crescimento é a versão do app Profecias para Crianças nas línguas inglês e espanhol, uma forma de alcançar cristãos de outros países com a mensagem bíblica através de um aplicativo.
Segundo dados, se somar a quantidade de horas que cada jovem com menos de 18 anos gasta com jogos on-line é possível chegar em algo como 3 bilhões de horas. A dedicação a esses jogos é tamanha que especialistas acreditam que em breve passar tantas horas jogando deixará de se tornar um problema, pois os jogos serão uma ferramenta educacional.

Jogos como meio de evangelismo

Um grupo de jovens cristãos criou o Game2Save, uma forma de encontrar outros jovens que fazem dos jogos virtuais uma fuga de seus problemas pessoais.
“Nas comunidades de jogos online é comum encontrar adolescentes e jovens que sofrem dramas familiares, sentimentos de rejeição, depressão e bullying. Para alguns jogar é uma fuga da realidade”, diz Rosemeire Silva, integrante do Game2Save.
O grupo frequenta então comunidades de jogos on-line para fazer amizade e assim encontrar e ajudar quem passa por essas aflições, enviando mensagens de ajuda e oferecendo uma alternativa para que mudem suas vidas.
“Nosso objetivo também é mostrar que através da amizade e de um estilo de vida saudável, outras áreas da vida real também podem ser interessantes”, diz Rosemeire.
Outro grupo que atua na área é o Game Church, com a proposta de participar de eventos para gamers evangelizando e distribuindo exemplares da Bíblia.
Gospel Prime