terça-feira, 4 de outubro de 2016

Depois entenderás

por João Paulo Souza
Antes da festa da Páscoa, estava Jesus e seus discípulos tomando a Ceia num lugar reservado, quando, de repente, o Mestre levantou-se, tirou sua vestimenta de cima, pegou uma toalha e cingiu-se com ela. Depois colocou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Que cena era está? Uma cena típica de um escravo lavando os pés de seus donos. Parece impactante para você essa atitude do Senhor? Creio que sim.
Durante o exemplo humilde de Jesus, Pedro se escandaliza: “Senhor, tu me lavas os pés a mim?” (Jo 13.6). Imagino Pedro pensando: “O Mestre está fora de si! Como pode Ele agir como um escravo? Será que ele não compreendeu que um rabi não pode fazer isso?!” Ao que Jesus lhe disse: “O que eu faço não o sabes tu agora; compreendê-lo-ás” (Jo 13.7).
Teimoso, ao ouvir o que não queria da parte do Deus que tudo sonda e sabe, o discípulo valentão dispara: “Nunca me lavarás os pés” (Jo 13.8). Ao ouvir este desaforo de Pedro, o Mestre retruca: “Se eu não te lavar, não tens parte comigo” (Jo 13.8). Após esta dura palavra, o homem que haveria de negar o Filho de Deus por três vezes, arria as “armas”, pedindo para que Jesus lavasse os seus pés, mãos e cabeça: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça” (Jo 13.9).
Amados, assim como Pedro, devemos arriar nossas “armas”, e deixar que Cristo governe a nossa vida por inteiro. Ele, o Senhor, sabe o nosso futuro.
À propósito, você já deixou Jesus lavar os seus pés? Ou será que os seus pés ainda estão por lavar? Se você está titubeando na fé, lembre-se das palavras de Jesus: “O que eu faço não o sabes tu agora; compreendê-lo-ás depois” (Jo 13.7).

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