sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

O bem que os relacionamentos nos fazem

Quando, através de uma ligação telefônica ou mesmo numa conversa teclada via Whattsapp ou Facebook ou qualquer outro tipo de mediador de comunicação social, a gente sorri, falando com um amigo um colega, com o chefe, o pastor ou qualquer outra pessoa com quem temos relacionamento (de amizade ou de qualquer outra natureza), o fenômeno de alegria que se dá eu o denomino como “inspirado”, pois o que a pessoa disse ou a forma como ela assentiu a uma colocação minha, me inspirou alegria.
Já o sorriso que damos quando num dialogo presencial, eu o chamo de “provocado”, pois, para além da inspiração da alegria advinda do diálogo, outros fatores contribuíram para que essa alegria ganhasse uma consistência maior, seja um toque, o som emito pela voz amiga que ressoou de forma positiva em mim, seja pelo cheiro, pelo modo como a pessoa se expressou performaticamente permitindo meu subconsciente notar que sou bem vindo no lugar ou junto à ela.

Um estudo que já vem sendo feito pela faculdade de Harvard, E.U.A, há 70 anos, atualmente coordenado pelo psiquiatra Robert J. Waldnger, tem estudado 724 pessoas para descobrir quais fatores sociais mais influenciam na longevidade, felicidade e resiliência. Até aqui o estudo concluiu que esses três fatores são influenciados pelos relacionamentos, seja de forma positiva ou negativa.

Segundo o coordenador da pesquisa, três lições já puderam ser tiradas do estudo com relação aos relacionamentos: 1) conexões sociais fazem bem aos seres humanos, enquanto a solidão mata; 2) A qualidade das relações é mais importante do que a quantidade; 3) Relacionamentos felizes e duradouros protegem a saúde física e mental.
Uma pesquisa também feita pelos americanos deu conta de que pessoas que mantem relacionamentos na acepção positiva do termo, vivem entre sete e 14 anos a mais.

Saber que precisamos ter bons relacionamentos já está mais do que claro, mas a grande questão é como fazer isso sendo que tanto nós como os outros somos tão difíceis de lidar? Jesus, ao ensinar os discípulos a orar, em Mateus 6 versículos de 9 a 15, deixa bem claro que a vida acontece a partir dos relacionamentos entre ser humano e Deus e entre ser humano e ser humano. Ao mencionar que o perdão deve ser dado aos homens e pedido a Deus, Jesus estava ressaltando nossa falibilidade tanto diante de Deus quanto para com nossos semelhantes.
Perdoar é fundamental para a manutenção dos relacionamentos sejam eles estreitos ou não, pois a falta de perdão nos amargura, nos entristece, nos enfraquece. Perdoar significa não cobrar uma “dívida moral” que alguém passa a nos dever a partir do momento que nos ofende. Se a gente não perdoa, estamos nos predispondo a somar juros sobre aquela “dívida” que o nosso ofensor contraiu conosco. O saldo da falta de perdão não é positivo em nenhum dos aspectos, pois diminuiu nossa rede de relacionamento, temporária ou permanentemente.
Há, em nosso rol de relacionamentos, pessoas tão agradáveis, mas há quem seja desagradável também. Se lidamos com os desagradáveis sob a égide do perdão, estando dispostos a perdoá-los, não por sermos melhores, mas por termos a capacidade de cometermos os mesmos erros que eles, viveremos a vida com maior qualidade.
Ao dizer que éramos para perdoar os homens antes de pedir perdão à Deus, Jesus estava dizendo que não devemos reduzir nosso rol de amigos a cada vez que um deles nos ofende, pois, nossas possibilidades de viver a vida de forma mais intensa e com mais oportunidades, vão diminuindo. No ato de exercer o perdão sou tratado nas minhas falhas, pois vou perceber o mal-estar que causo nos outros ao falhar com eles, ao ofendê-los. Se eu não perdoo, não sou perdoado por Deus (Mt 6.15), pois estarei deixando de progredir como ser humano, tornando meu orgulho um prisioneiro da liberdade que a boa vivencia traz.
Qual a conexão disso tudo que eu disse com o que eu falei ao iniciar esse texto? É que Deus não nos fez para nos distanciarmos uns dos outros, seja por falta de perdão ou pelo mero comodismo que as redes sociais nos proporcionam. Viva mais perto dos familiares, dos pais, dos amigos ou dos irmãos de igreja. Sobretudo, viva mais perto de Deus.

Gospel Prime

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