quinta-feira, 13 de abril de 2017

Lésbica, feminista e cristã?

Dia desses, estava numa livraria evangélica, vasculhando as estantes, quando topei com uma mulher espalhafatosa, que procurava nitidamente chamar a atenção para si.
Distraído em meus afazeres, não volvi minha direção a ela num primeiro momento, embora o ruído de sua presença já não lhe garantisse indiferença.
Quando enfim a visualizei, percebi que usava uma camiseta que estampava em letras garrafais o seguinte desafio:
“Sou lésbica, feminista e cristã!”
Em toda sua postura, desde o tom de voz em que conversava com sua interlocutora, até no modo de encarar as outras pessoas, havia provocação.
A livraria em questão ficava na Rua Conde de Sarzedas, em São Paulo, conhecida como a principal rua de comércio evangélico da cidade de São Paulo.
Uma manifestação como essa, provocativa em tal ambiente, visava justamente o confronto. Ela não escondia a disposição de sacar sua faca de trinchar retórica para ir para cima de quem se metesse a contraditá-la ou demonstrasse incômodo. Desfilaria seu arsenal de vitimismos, com a terminologia barata ensinada pela esquerda anticristã: homofobia, lesbofobia, machismo e etc.
Igrejas inclusivas – eufemismo para permissivas – se espalham e aumentam seus congregados, oferecendo um evangelho que não ensina a necessidade de renúncia, usando a capa rota do “amor” como desculpa esfarrapada para a defesa do hedonismo condenado pela Bíblia.
Fraudam a palavra de Deus para darem azo aos seus delírios e desejos, ignorando ordenanças expressas em nome de seu próprio deleite.
Ao invés de caírem aos pés da cruz, como todos temos de fazer dia a dia, para pedir que nossos pecados sejam limpos e perdoados, institucionalizam os seus, cometendo a insânia de querer calar a verdadeira igreja de pronunciá-los como pecados.
Os sinais dos tempos são muitos. E as afrontas se multiplicam em velocidade devastadora.
Não falei com aquela mulher. Percebendo sua real intenção provocativa, me abstive de lhe explicar a impossibilidade de alguém ser lésbica, feminista e cristã ao mesmo tempo.
Tive de me conter para não lhe revelar que ela só estava 66,6% correta, o que era, por coincidência, um número bem propício…

Gospel Prime

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