Dia desses, estava numa livraria evangélica, vasculhando as estantes,
quando topei com uma mulher espalhafatosa, que procurava nitidamente
chamar a atenção para si.
Distraído em
meus afazeres, não volvi minha direção a ela num primeiro momento,
embora o ruído de sua presença já não lhe garantisse indiferença.
Quando enfim a visualizei, percebi que usava uma camiseta que estampava em letras garrafais o seguinte desafio:
“Sou lésbica, feminista e cristã!”
Em
toda sua postura, desde o tom de voz em que conversava com sua
interlocutora, até no modo de encarar as outras pessoas, havia
provocação.
A livraria em questão ficava na Rua Conde de Sarzedas, em São Paulo, conhecida como a principal rua de comércio evangélico da cidade de São Paulo.
Uma
manifestação como essa, provocativa em tal ambiente, visava justamente o
confronto. Ela não escondia a disposição de sacar sua faca de trinchar
retórica para ir para cima de quem se metesse a contraditá-la ou
demonstrasse incômodo. Desfilaria seu arsenal de vitimismos, com a
terminologia barata ensinada pela esquerda anticristã: homofobia,
lesbofobia, machismo e etc.
Igrejas inclusivas – eufemismo para
permissivas – se espalham e aumentam seus congregados, oferecendo um
evangelho que não ensina a necessidade de renúncia, usando a capa rota
do “amor” como desculpa esfarrapada para a defesa do hedonismo condenado
pela Bíblia.
Fraudam a palavra de Deus para darem azo aos seus
delírios e desejos, ignorando ordenanças expressas em nome de seu
próprio deleite.
Ao invés de caírem aos pés da cruz, como todos
temos de fazer dia a dia, para pedir que nossos pecados sejam limpos e
perdoados, institucionalizam os seus, cometendo a insânia de querer
calar a verdadeira igreja de pronunciá-los como pecados.
Os sinais dos tempos são muitos. E as afrontas se multiplicam em velocidade devastadora.
Não
falei com aquela mulher. Percebendo sua real intenção provocativa, me
abstive de lhe explicar a impossibilidade de alguém ser lésbica,
feminista e cristã ao mesmo tempo.
Tive de me conter para não lhe revelar que ela só estava 66,6% correta, o que era, por coincidência, um número bem propício…
Gospel Prime
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