terça-feira, 12 de julho de 2016

O problema é o pecado, não a ideologia

por Fernando Pereira

Certa vez o político e filosofo Gleen Tinder disse que “não há nenhum mal grande e intransponível na natureza humana”. Essa afirmativa tem sido a base solida de muitas gerações de pensadores desde o tempo do filosofo Rousseau (“russô”), que afirmava que a natureza do ser humano é essencialmente boa, e que o mal e a corrupção são criação de uma sociedade falsa e hipócrita. Partindo dessa premissa, desenvolveram-se muitos pensamentos e ideologias que visaram e ainda visam a implantação de “um céu na terra”.
Uma das filosofias que coadunam com esse equivocado pensamento é a ideologia marxista de criar um mundo igualitário, pois, assim, os crimes teriam fim, porque não se precisaria lutar pela sobrevivência, uma vez que todos teriam o mesmo padrão de vida. A ideologia marxista, ao invés de criar o  esperado “céu na terra”, fez surgir monstruosos líderes políticos que levaram milhões de pessoas à morte, pois eles entendiam que para se implantar o tal “céu”, sacrifícios eram necessários. Exemplos de lideres assim temos aos montes, como Lenin, Mao Tse Tung, Hitler entre outros.
Pior do que não enxergar é ver de maneira confusa. O Diabo, desde o princípio, nunca quis que enxergássemos as coisas como elas são. Ele perverteu a visão de Eva a ponto de fazê-la desejar o fruto que, ao ser comido, traria sobre toda a humanidade a morte e tantos outros tipos de males.
A partir da entrada do pecado no mundo, a cosmovisão, ou seja, o modo de ver o mundo e tudo que nele há, precisa ser mudado, pois, no homem, não havia mais a inocência e, sim, o saber equivocado e o condicionamento para pecar (concupiscência), e no mundo, passou a imperar a maldição do pecado, que leva ao desajustamento, a desagregação, à destruição.
Quando se vê o ser humano a parte da visão bíblica que diz que este é, agora, um ser caído e pecador, está-se tendo a visão errada. A grande tese de que “o ser humano é essencialmente bom, o que lhe falta é educação”, começou a cair por terra quando se explodiu a Primeira Guerra Mundial, pois o que se usou a ciência para matar mais de 30 milhões de pessoas. Nós somos seres egoístas e temos nossa maneira de pensar, o que nos torna diferentes. As pessoas que foram mortas durante as revoluções, a exemplo da Cubana, o foram porque não quiseram aderir à ideologia que os revolucionários traziam consigo.
Nenhum pensador humano foi ou será capaz de fazer com que as pessoas adotem seu modo de pensar e passem a viver sob seu prisma. Logo, para se fazer nascer uma geração que irá seguir tal pensamento, é necessários matar as que não aderem. Muita gente morreu em Cuba por essa razão, mas até hoje tem gente que foge de lá porque não querem aderir ao pensamento totalitário e ditatorial dos irmãos Castro. Logo, as milhares que foram mortas quando houve a revolução, morreram em vão.
O pecado impossibilita que as pessoas vivam um padrão de vida igual. Cada um de nós tem o desejo de ser seu próprio deus, pois foi isso que o Diabo colocou no coração dos nossos ancestrais iniciais. Ele disse à Eva que ela e Adão seriam iguais a Deus, ou seja, poderiam estabelecer seu próprio padrão de vida.
Os descendentes de Sete não conseguiram viver o padrão de santidade que seu pai adotou, de modo que, quando viram as filhas dos homens, coabitaram com elas, e casavam não era só com uma era com quantas quisessem. A terra passou por uma purificação, mesmo assim, a família de Noé não conseguiu seguir o padrão de santidade. Ninrode, em desobediência a Deus – a de que o povo deveria se espalhar pela terra–, quis construir um império para si. A Nação de Israel, que veio depois, sempre abandonou o padrão  estabelecido por Deus.
Por não conseguir viver o padrão, pessoas tais sofreram terríveis castigos em reação aos seus atos pecaminosos. Se formos sempre matar a parte que não segue o padrão, em poucas décadas estaremos todos mortos, pois não é uma questão de ser inteligente, mas nosso problema é o pecado. Ele domina e provoca as desintegrações. Ele é pior que qualquer arma nuclear ou bomba atômica de qualquer megaton.
Para não ser preciso se realizar “limpezas” étnicas mais, Deus, ao invés de matar sempre a raça que não segue o padrão, mandou seu filho para ser morto por todos aqueles que não conseguem seguir o padrão. A morte de Jesus nos libertou do pecado e nos possibilitou viver uma vida santa e unidos em torno de um só propósito (1 Jo 1.7; Sl 40.2; Jo 3.16;Rm 6.18–23).

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