Uma questão que realmente divide opiniões entre as denominações é a 
ordenação pastoral de mulheres para o ministério. Seria isso uma prática
 aprovado por Deus? Quais argumentos nós podemos apresentar para 
defender ou abominar essa prática? Neste estudo falaremos sobre este 
importante assunto.
ORDENAÇÃO FEMININA UMA PRÁTICA APROVADA POR DEUS
 Partindo da posição que acredita ser a ordenação feminina uma prática aprovada por Deus damos quatro argumentos:
1) Em Efésios 4.11 nos é dito que pastor é um dom 
ministerial dado unicamente por Deus. Seminários teológicos não formam 
pastores, apenas contribuem para o crescimento intelectual destes. A 
igreja pode nomear pastores, mas não pode dá-lhes a vocação para exercer
 esse ministério.
Apenas Deus pode conceder ao individuo essa sagrada vocação. Já que 
apenas Deus pode chamar pessoas para o pastorado o fato de vermos 
mulheres comprovadamente capacitadas para o pastoreio não seria uma 
clara evidência de que Deus aprova tal prática? Cremos que sim.
2) O fato de o apóstolo Paulo ter feito claras 
proibições da ordenação feminina em apenas duas das suas treze cartas (I
 Timóteo 2.12/ I Coríntios 14.34,35), leva-nos a compreensão de que essa
 proibição se aplica apenas às duas igrejas receptoras das suas cartas.
Isso pelo fato de que tanto em Éfeso como em Corinto as mulheres 
pagãs exerciam a maior autoridade na adoração a falsa deusa Ártemis. 
Paulo restringiu apenas as mulheres de Éfeso quanto à questão do ensino,
 mas em Apocalipse vemos uma mulher exercendo o ensino (veja Ap. 
2.18-20).
A cidade de Éfeso era conhecida por seu templo a Ártemis, a falsa 
deusa greco-romana. As mulheres eram autoridade na adoração a Ártemis, 
permitir que elas liderassem na igreja seria uma forma de promover certo
 escândalo ao cristianismo que nascia debaixo de perseguidora opressão.
Paulo tomou todo cuidado com os possíveis escândalos que poderiam ser
 causados na igreja, por isso tanto ordenou o uso do véu por parte 
dessas mulheres quanto proibiu que elas exercessem autoridade. Paulo 
mesmo disse que os cristãos deveriam se portar de modo que não causassem
 escândalos nem aos judeus (eles eram totalmente contrários à liderança 
feminina) e nem aos gregos (estes achavam que se uma mulher exercesse 
liderança na igreja não havia muita diferença entre cristianismo para 
paganismo).
Confira I Coríntios 10.32,33: “Não se tornem motivo de tropeço, nem 
para judeus, nem para gregos, nem para a igreja de Deus. Também eu 
procuro agradar a todos de todas as formas. Porque não estou procurando o
 meu próprio bem, mas o bem de muitos, para que sejam salvos”.
3) Na igreja de Tiatira havia liderança feminina, a 
repreensão de Jesus Cristo não foi ao fato de haver liderança feminina 
na igreja, mas ao fato de ela está usando a autoridade de líder para 
ensinar o povo à prostituição e ao consumo de comidas sacrificadas aos 
ídolos (Apocalipse 2.18-20). Se a liderança feminina fosse reprovada por
 Deus Jesus Cristo haveria usado aquele momento para repreender a igreja
 por tê-la posto numa posição de liderança, Ele não o fez.
4) Em Romanos 16.1-7 Paulo faz profundos 
agradecimentos a pessoas que foram seus auxiliares no exercício de 
propagar o evangelho e apoiar as igrejas plantadas. Dentre as pessoas 
que ele agradeceu aparece varias mulheres. Neste texto Paulo elogia o 
trabalho delas e as põe em pé de igualdade com os homens ali descritos.
Concluímos, portanto acreditando que as bases bíblicas apresentada 
são suficientes para nos conceder respaldo para o pastoreio feminino, 
ademais, em sua promessa Deus disse que derramaria seu Espirito sobre 
homens e mulheres na mesma proporção (Joel 2.28,29) e ao ressuscitar 
Jesus apareceu primeiro a uma mulher (João 20.13-18). Que Deus levante 
homens e mulheres para que a salvação do Senhor alcance todas as 
fronteiras da terra.